De acordo com a Worx, que fez um levantamento destes terrenos através do seu departamento de Urban Planning, estão em causa o Plano de Urbanização da Avenida da Liberdade e Zona Envolvente (PUALZE), o Plano de Pormenor 3 – Zona Sul, Avenida do Marechal Gomes da Costa (PP3), o Plano de Pormenor do Eixo Urbano Luz-Benfica (PPEULB) e o Plano de Pormenor do Aterro da Boavista Nascente (PPABN).
Por um lado, o PP3, o PUALZE e o PPABN encontram-se em vigor sem qualquer alteração há cerca de, respetivamente, 18, 8 e 5 anos. Já o PPEULB (datado de 1997) foi objeto de várias alterações tendo a última ocorrido já há cerca de 3 anos. A colocação dos planos em discussão pública é «um anúncio há muito esperado pelos promotores», nota a Worx, na medida em que «os planos em causa constituem a primeira referência para o investimento imobiliário», nomeadamente na Avenida da Liberdade e respetivas encostas nascente e poente, no Marquês de Pombal, nos Restauradores, parte da Avenida Duque de Loulé, Avenida do Colégio Militar, Avenida dos Condes de Carnide, ou na Avenida Lusíada e na Avenida General Norton de Matos. São também referência para o investimento na zona sul do Parque das Nações, Avenida 24 de Julho e Rua D. Luís I.
Eduardo Rodrigues, Urban Planning da Worx, comenta em comunicado que «consideramos esta a altura ideal para se revisitar possíveis oportunidades destas zonas em que se têm registado importantes transações imobiliárias nos últimos anos, antecipando-se que, no futuro, as alterações dos planos municipais em causa possam vir a contribuir para um maior desenvolvimento, quer das potencialidades dos imóveis por eles abrangidos, quer do interesse das áreas envolventes aos mesmos planos».
E explica também que «para o efeito, os passos a seguir passam por uma análise do atual enquadramento urbanístico dos imóveis, abrangendo, designadamente, a vertente urbanística propriamente dita e a vertente de Capital Markets e pela apresentação, junto da Câmara Municipal de Lisboa, de sugestões e contributos, com vista à sua ponderação nos procedimentos em curso».
Os períodos de discussão pública dos planos municipais em causa decorrem em fevereiro.