Retalho: Restauração em crescimento representa 34% das aberturas

Retalho: Restauração em crescimento representa 34% das aberturas

Atualmente, esta área ocupa cerca de 20% do total em projetos novos ou remodelados de centros comerciais. A esperada subida das despesas em restaurantes nos próximos 10 anos e a vontade dos consumidores de fazerem das suas visitas aos centros comerciais cada vez mais uma experiência social e de lazer abre oportunidade para o crescimento e diversificação da oferta de restauração e entretenimento nos conjuntos comerciais.

É o que atesta o mais recente estudo “Global Food & Beverage Market”, elaborado pela Cushman & Wakefield, segundo o qual o setor da restauração representou 35% do número de aberturas nos primeiros 6 meses deste ano, na amostra estudada pela C&W, representativa da procura de espaços de retalho a nível nacional.

A jogar a favor, está também a forte tradição gastronómica do país, e a aposta em conceitos inovadores é visível no nosso país, como o renovado Mercado da Ribeira, em Lisboa, por exemplo, um modelo que a Time Out vai seguir noutras partes do mundo. A reconversão da Praça do Martim Moniz é também um exemplo, e os centros comerciais não ficam de fora: o CascaiShopping tem já uma zona de restauração especializada na qual se replicam mercados de street food.

O Centro Comercial Vasco da Gama, o Amoreiras Shopping Center ou mesmo o Alegro Castelo Branco, o Glicínias e o Forum Aveiro têm vindo a apostar fortemente na melhoria da sua área de restauração, apesar de esta ser uma abordagem menos disruptiva. A importância da diversidade e unicidade de conceitos é cada vez mais importante.

Marta Esteves Costa, Associate e Diretora de Research & Consulting da C&W em Portugal, comenta que «para o consumidor moderno, a ligação entre a experiência de consumo e de restauração é hoje mais forte do que nunca, a gastronomia é cada vez mais valorizada e o grau de exigência da população é muito superior. A crescente convicção de que os centros comerciais têm que se posicionar cada vez mais como um destino de lazer no qual o consumo se integra, torna evidente o papel preponderante que o setor da restauração pode vir a ter no processo de modernização e diferenciação pelo qual todos os centros comerciais que se queiram afirmar no futuro devem obrigatoriamente passar».

Este estudo analisou vários mercados a nível global, e mostra que todas as regiões analisadas esperam um aumento nas despesas dos consumidores em restauração, com a Ásia-Pacífico, Médio-Oriente e África a liderar com um crescimento médio anual estimado de 7,4% até 2026. Na Europa, o crescimento anual esperado é de 4,9%.