Resorts “podem tomar a dianteira” da sustentabilidade

Resorts “podem tomar a dianteira” da sustentabilidade

 

Quem o diz é Gilberto Jordan, presidente da Planbelas, que falava à VI à margem da II Conferência Green Project Awards sob o tema “Imobiliário e Cidades Sustentáveis para o Futuro das Gerações”, iniciativa da Agência Portuguesa do Ambiente, Quercus-ANCN e GCI, em parceria com o André Jordan Group, que colocou em debate o futuro das cidades no final de maio.

O papel dos resorts residenciais nas cidades sustentáveis foi um dos pontos chave desta conferência, dos quais é exemplo o Lisbon Green Valley – Belas Clube de Campo, onde decorreu o evento. Integrados em espaços urbanos, podem trazer um novo conceito de living, aplicando soluções holísticas que reúnem um conjunto de novos serviços e infraestruturas em espaços ambientalmente protegidos e valorizados.

São empreendimentos que podem servir de inspiração para tornar as próprias cidades mais verdes e sustentáveis, dando o exemplo. Mas há muito a fazer: «a mudança consegue-se fazer através de toda a cadeia de valor, desde os materiais, à divulgação, arquitetos, engenheiros ou projetistas, conferências e programas educativos, que são muito importantes», afirma Gilberto Jordan.

E não só o segmento alto consegue implementar estas novas soluções. Deu o exemplo dos painéis solares para aquecimento de águas sanitárias, que «passaram a ser obrigatórios, é esse tipo de legislação que eleva a fasquia e impõe custos para todos e não só para alguns. É uma questão de elevar o nível, e felizmente a legislação na construção é muito mais exigente hoje em dia a todos os níveis». E conclui que «precisamos de mais consciencialização, divulgação, e mais exemplos».

Estas novas tendências são ainda mais importantes quando se fala no objetivo europeu dos Near Zero Energy Buildings, uma «fasquia muito alta» quando «a indústria ainda está a aprender. Estamos longe, e a Europa também, mas é importante que exista, porque só assim podemos melhorar».

Entre os keynote speakers desta conferência incluíram-se Lívia Tirone, arquiteta bioclimática, que se debruçou sobre o tema “Future Design, a cidade em 2050”, ou Ana Blanco, diretora do Turismo de Portugal, além de Eduardo Capinha lopes, da Capinha Lopes Consulting, Filipa Newton, diretora de Eficiência Hídrica da ADENE e Manuel Pinheiro, professor universitário no IST e responsável pelo LiderA, que se reuniram em mesa redonda de debate. A conferência foi encerrada pelo Secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins.