Referente ao mercado de Portugal Continental, este indicador reflete a tendência de crescimento que se verifica desde início de 2016 e que se acentuou no último ano, período em que se registaram aumentos homólogos quase sempre em torno dos 10%.
«Esta aceleração acompanha a tendência verificada no comportamento dos preços residenciais e resulta sobretudo de um mercado onde a procura de habitação para arrendamento se mantém em crescimento e não encontra resposta por parte da oferta, que está em declínio há um longo período. De acordo com os mais recentes inquéritos do Portuguese Housing Market Survey, não é expetável que este desequilíbrio seja corrigido a curto-prazo e, por isso, a expetativa dos mediadores e proprietários é que as rendas continuem a subir», comenta Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial Imobiliário.
De acordo com este índice, até meados de 2014 as rendas residenciais em Portugal registaram sucessivas quedas homólogas, observando uma descida acumulada de 14% entre 2010 e esse período, no qual se atingiu o nível mais baixo das rendas. Desde então e até ao 1º trimestre deste ano, a pressão sentida pelo lado da procura motivou uma recuperação acumulada de mais de 24% nas rendas das casas em Portugal.
Em Lisboa e no Porto, o ritmo de crescimento nas rendas residenciais no 1º trimestre de 2018 face ao mesmo período de 2017 (i.e, a variação homóloga) foi superior à média nacional, fixando-se em 20% em ambos os casos. Ainda assim, em Lisboa este resultado significou uma estabilização no ritmo de subida homóloga, que no último trimestre de 2017 tinha sido igualmente de 20%. No caso do Porto, evidencia uma aceleração, já que no trimestre anterior as rendas residenciais nesta cidade tinham crescido 16% face ao período homólogo.
O Índice de Rendas Residenciais da Confidencial Imobiliário acompanha a evolução das rendas residenciais contratadas no país desde 2010.