Estes números constam do primeiro boletim das Estatísticas de Rendas da Habitação do INE, com base, exclusivamente, nos novos contratos de arrendamento celebrados em 2017, e conclui, sem surpresas, que há grandes diferenças no território nacional. 37 municípios têm valores de arrendamento por metro quadrado superiores ao valor nacional, sendo que estes municípios se situam maioritariamente na Área Metropolitana de Lisboa e no Algarve. Depois de Lisboa, destaque para os 8,06 euros de Cascais, 7,84 euros de Oeiras ou 6,77 euros do Porto e 6,43 euros na Amadora.
A AML foi também a sub região com a maior diferença entre as rendas mais altas e as mais baixas, com o valor menor registado na Moita, de 4,03 euros, e o maior em Lisboa, de 9,62 euros. Porto e Coimbra também têm um diferencial significativo superior a 2,5 euros por metro quadrado.
Fora destas regiões, sobressaem, com valores de rendas superiores ao valor nacional, Coimbra, Funchal, Santa Cruz (Madeira), Évora, Sines e Aveiro.
51% dos novos contratos foram celebrados em Lisboa e Porto
No ano passado, as áreas metropolitanas de Lisboa e Porto representavam, em conjunto, cerca de 51% do número total de novos contratos de arrendamento do país.
A cidade de Lisboa registou o maior número de contratos de arrendamento do país, num total de 6.980 contratos, a maior parte deles em Arroios, num total de 612 contratos. Sintra registou um total de 3.516, o Porto 3.177 e Vila Nova de Gaia 2.687.
Rendas mais caras do país estão no Parque das Nações e Misericórdia
As rendas mais caras de 2017 foram contratadas nas freguesias do Parque das Nações e da Misericórdia, em Lisboa, valores de 11,7 euros por metro quadrado e 11,64 euros. Santa Clara tem o valor de rendas mais baixo, de 6,82 euros. Também as freguesias de Santo António (11,08 euros/m²), Campo de Ourique (10,94 euros/m² ), Carnide (10,91 euros/m² ), Avenidas Novas (10,15 euros/m² ), Estrela (10,11 euros/m² ), São Domingos de Benfica (10,07 euros/m² ), São Vicente (10,03 euros/m² ) e Belém (10,00 euros/m² ) registaram valores superiores a 10 euros por metro quadrado.
No Porto, as rendas mais caras são praticadas na União de Freguesias do Lordelo do Ouro e Massarelos e na União das Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde, com valores de 7,26 e 7,26 euros por metro quadrado, respetivamente. Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória registam valores de 6,98 €/m². Campanhã teve o menor número de novos contratos celebrados, com um valor de 5,78 euros.
As Estatísticas de Rendas da Habitação serão publicadas «pelo menos anualmente», segundo o INE. Está «em linha com as orientações dos Diretores Gerais dos Institutos Nacionais de Estatísticas estabelecidas no Memorando de Lisboa (2015) sobre ‘Indicadores para o processo de decisão e monitorização’ visando tornar a produção estatística oficial um elemento pertinente para formulação de politicas públicas, procuram também corresponder a necessidades de informação identificadas pela Secretaria de Estado da Habitação».