REINO UNIDO INVESTE MÉDIA DE €1,2M NO TURISMO RESIDENCIAL

REINO UNIDO INVESTE MÉDIA DE €1,2M NO TURISMO RESIDENCIAL

A seguir ao Reino Unido, a França representa 19% do total de transações concretizadas, seguida pelos países do Norte da Europa, com 17% do total. A dinâmica deste mercado mostra que o Brexit não afetou negativamente a procura de habitação turística em Portugal por parte dos investidores do Reino Unido, como se chegou a esperar.

Esta tendência é especialmente notória no eixo Albufeira – Loulé, o mercado mais importante do Turismo Residencial em Portugal, com 44% da oferta imobiliária captada pelo SIR – Turismo Residencial. Os britânicos protagonizaram quase metade das transações de origem internacional (46%) desta região, e atingiram o ticket médio de investimento mais alto, de cerca de 2,1 milhões de euros por operação, que quase duplica os 1,1 milhões de euros investidos pelos chineses, os segundos mais representativos nas aquisições internacionais neste eixo. Os países do Norte da Europa têm um ticket médio de 1,5 milhões de euros nesta zona.

De acordo com o SIR, no total do mercado nacional de turismo residencial, que contempla as zonas da Costa Atlântica, Algarve Central, Barlavento e Sotavento, o ticket médio de investimento dos compradores britânicos reduziu-se, passando de 1,4 milhões de euros para 1,1 milhões de euros, do 1º para o 2º semestre de 2016. A Ci explica esta descida com o direcionamento da procura britânica para casas de menor dimensão e não tanto para uma gama de produto inferior, já que apesar da descida do ticket médio, o preço médio unitário de compra nos dois semestres se manteve em torno dos 3.800 euros/m².

No total do ano de 2016, o ticket médio de investimento em habitação turística em Portugal dos britânicos rondou os 1,2 milhões de euros, que comparam com os 495.000 euros dos países do Norte da Europa e com os 282.000 euros de França.

Ricardo Guimarães, diretor da Ci, comenta que «estes dados mostram que o investimento do Reino Unido não só não sofreu com o Brexit, como até aumentou a sua quota entre os compradores internacionais no segundo semestre do ano». E salienta que «a consequência mais evidente do Brexit teve sobretudo a ver como a desvalorização da libra, refletindo-se na contração do valor médio de investimento pelos britânicos, que desceu entre os 1º e o 2º semestre. Mas mesmo esse impacto não foi generalizado, destacando-se os resorts do Eixo Loulé-Albufeira, nos quais o ticket médio se manteve, premiando um mercado de qualidade e com um forte histórico de relação com o Reino Unido».

De recordar que o SIR – Turismo Residencial é um sistema estatístico que abrange a atividade de compra e venda de imóveis de turismo residencial e que é desenvolvido pela Confidencial Imobiliário em parceria com a APR-Associação Portuguesa de Resorts, com o apoio do Turismo de Portugal. A oferta inclui ativos que estejam em venda (primeira venda ou revenda), enquadrados em aldeamentos turísticos, apartamentos turísticos, conjuntos turísticos/resorts, hotéis-apartamentos e outros fogos que sejam adquiridos por turistas para seu usufruto sazonal ou rentabilização.