O governante falava na abertura oficial da IV Semana da Reabilitação Urbana de Lisboa, esta 2ª feira, ocasião durante a qual explicou que este novo instrumento «está a ser concluído no Ministério das Finanças, a ser trabalhado junto da CMVM», depois de ser «muito reclamado pelo setor», enquanto mais um dinamizador do setor da construção e da reabilitação urbana.
A par da criação dos REIT’s portugueses (equivalentes às SOCIMI’s espanholas), estão a ser preparados e concluídos outros instrumentos que o Primeiro Ministro destacou neste contexto, entre os quais o IFRRU, com um financiamento de 1.400 milhões de euros, o Fundo Nacional de Reabilitação do Edificado, ou o programa Casa Eficiente, que mobilizará um mínimo de 235 milhões de euros. Estes programas somam-se aos já existentes PEDUR e PARUR, com fundos do Portugal 2020, ao Reabilitar para Arrendar, ao programa de reabilitação de bairros sociais e ao programa de reabilitação dirigido à administração pública, «num total de 7 programas já em execução com candidaturas a ser recebidas e aprovadas».
Sem contar com os REIT’s portugueses, «o crescimento destes programas permite mobilizar 5.000 milhões de euros para investimento até 2023 na área da reabilitação urbana», explicou António Costa. «É um esforço financeiro muito grande que abre uma oportunidade de crescimento sustentado», num contexto em que «a reabilitação é essencial para dar vida às cidades, mas o seu dinamismo depende da vida das cidades», lembrando que a reabilitação urbana continua a ser «a grande oportunidade para o setor da construção».
A sessão de abertura da Semana da Reabilitação Urbana de Lisboa contou também com a presença de Fernando Medina, presidente da Câmara de Lisboa, que destacou na ocasião que «a cidade vai continuar a ter um esforço importante na requalificação do espaço público, que tem impacto sobre as dinâmicas da reabilitação e do imobiliário». «A CML está ao lado daqueles que querem investir na reabilitação urbana da cidade, queremos ser claros sobre a concretização dos projetos», passando uma mensagem de «transparência, força e incentivo. A Câmara é amiga do investimento na cidade».
Para Manuel Reis Campos, presidente da CPCI, a reabilitação urbana «é o grande desafio que o nosso país enfrenta», e acredita que «a consolidação desta realidade depende da confiança criada junto dos investidores. Estamos a falar de um objetivo nacional, a recuperação para as nossas cidades, num esforço que representará 38.000 milhões de euros». Considerando que este é um «desafio incontornável», lembrou que «as nossas empresas altamente capacitadas estão prontas para lhe dar resposta».
A Semana da Reabilitação Urbana de Lisboa decorre no Teatro Capitólio – Parque Mayer até dia 2 de abril. Mais informações sobre este evento organizado pela parceria VI/Promevi podem ser encontradas aqui.