No mesmo período, o aumento foi de 3% no Porto, numa altura em que a procura cresceu 70% face ao período homólogo. Os números constam do Relatório do Mercado de Arrendamento a Estudantes, agora publicado pela Uniplaces.
O centro histórico das cidades continua a liderar as preferências dos estudantes, bem como as zonas próximas das universidades. Em Lisboa, Arroios tem a maior procura, com um preço médio por quarto de 329 euros, mais 8,5% que no 1º trimestre do ano passado. Intendente, Alvalade e Marquês de Pombal têm as rendas mais caras da plataforma, de 420, 434 e 414 euros, respetivamente.
Por oposição, no Porto os preços são significativamente mais baixos, com um valor médio por quarto de 268 euros, 33% abaixo de Lisboa. Paranhos representa 23% da procura total, com um preço médio por quarto de 264 euros, seguida por Cedofeita e Ramalde. Cedofeita é a zona mais cara para se alugar quarto na Uniplaces no Porto, com um preço médio de 294 euros por quarto, por oposição a Lordelo de Ouro, onde o custo é de 230 euros, em média.
De acordo com a plataforma, em Lisboa um estudante que procura alojamento através desta empresa dispõe de um orçamento médio mensal de 250 a 400 euros, e tem uma duração média de estadia de 141 dias. Procuram apartamentos com mais de 4 quartos. No Porto este orçamento situa-se entre os 150 e os 250 euros para uma estadia média de 128 dias
André Pereira, Country Manager da Uniplaces em Portugal, comenta que «a sazonalidade é um fator determinante no mercado de arrendamento a estudantes, uma vez que este aumento nos valores de renda praticados o primeiro trimestre está em linha com a chegada de estudantes estrangeiros a Portugal, para o segundo semestre letivo. A tendência que observamos é a de um aumento de preços até março, seguido de queda e novo aumento a partir de julho».
André Pereira explica também, na sua experiência, que «o aumento da popularidade das cidades de Lisboa e do Porto, entre outros fatores, tem sustentado a procura por alojamento num mercado onde a oferta continua a ser insuficiente. O aumento maior da procura face à oferta reflete-se nos preços praticados, com aumentos superiores a 30%, ao ano, em alguns bairros da capital. Esta tendência não tem passado despercebida entre investidores e as residências de estudantes estão agora a emergir como classe de ativos de investimento com retornos atrativo».