A informação foi avançada pelo próprio empresário, numa entrevista ao Financial Times, confirmando que a Kildare está a seguir os passos de gigantes norte-americanos como a Lone Star, a Blackstone ou a Oaktree Capital, que nos últimos anos têm vindo a captar elevados volumes de capital para investir no imobiliário europeu.
De acordo com o diário financeiro britânico, este corresponde ao maior fundo do género a ser criado na Europa este ano, destacando-se não só pelo elevado valor do capital levantado como também pela velocidade com que concluiu o processo de captação de fundos, com três meses de avanço face ao último fundo lançado pelo gestor, o Kildare European Partners, em 2014. Além de reunir todos os investidores que apostaram neste último fundo, o novo veículo agora lançado por Ellis Short conta ainda com dez novos participantes, entre os quais se incluem o Texas Permanent School Fund e o New Mexico Educational Retirement Board.
Dirigido exclusivamente ao mercado europeu, este fundo irá focar-se sobretudo nos mercados do Reino Unido, Alemanha, Holanda, Itália e Portugal, sendo o nosso país particularmente interessante para o gestor, sublinhou Ellis Short. Focando especificamente nos dois países sul-europeus no seu radar, o gestor reconhece ainda que mais do que a sua dimensão – uma limitação mais patente no caso de Portugal - «é também difícil comprar naqueles mercados devido ao facto de os credores terem direitos enfraquecidos. É por isso que aqui estamos focados em transações imobiliárias em detrimento das operações de compra de dívida».
O objetivo é investir os 2.000 milhões ao longo dos próximos dois a três anos, esclareceu ainda o gestor que é um nome bem conhecido na indústria internacional de investimento imobiliário depois de ter desempenhado as funções de Vice-Chairman da Lone Star, onde esteve entre 1994 e 2007. A sua visibilidade na Europa ficou ainda maior ao tornar-se proprietário do clube de futebol inglês Sunderland.
De acordo com o site da Kildare Partners, Ana Tavares – que conta no seu currículo com passagens na JP Morgan, Deutsche Bank e Merril Lynch – será a responsável pelo investimento no nosso país.