A par de vários edifícios de habitação, a construção de uma residência de estudantes e de uma unidade hoteleira eram apresentados como projetos âncora da operação de reabilitação e realojamento do Morro da Sé, no Centro Histórico do Porto.
O novo executivo da Porto Vivo – SRU, presidido por José Carlos Nascimento, reabriu o dossier do Morro da Sé e pondera agora avançar com um projeto de habitação no local inicialmente indicado para a construção da unidade hoteleira. A posição foi bem acolhida pela Câmara Municipal do Porto, que reconhece novas necessidades à cidade e aos seus habitantes, diferentes daquelas que na altura definiram o plano inicial do Morro da Sé. «Se há dez anos era importante implantar ali um equipamento destes, para atrair outros investimentos, agora, claramente, não é» disse Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto. Para a autarquia hoje afirma-se mais importante incrementar o setor da habitação do que o setor hoteleiro que neste momento já é capaz de se desenvolver autonomamente.
Por outro lado, a criação de uma residência de estudantes no Morro da Sé mantém a pertinência e deverá avançar. A Câmara e a Porto Vivo – SRU consideram que será positivo, para aquela zona, a presença de uma comunidade estudantil.
De acordo com o jornal Público, durante a reunião do Executivo de 16 de maio, Rui Moreira defendeu também que, face à conjuntura, no momento em que a Porto Vivo – SRU passar a ser exclusivamente municipal deverá seguir o modelo do antigo Comissariado para a Reabilitação Urbana da área da Ribeira/Barredo e preocupar-se mais com o tecido da zona histórica, garantindo o acesso a habitação a custos acessíveis numa zona em que o valor do metro quadrado reabilitado vem aumentando para valores inacessíveis à população da classe média e média baixa.