Os números foram avançados esta 2ª feira pelo Gabinete de Estudos da APEMIP, segundo o qual desde 2014 as intenções de compra no distrito do Porto aumentaram 17,5 pontos percentuais.
Estes novos dados não surpreendem o presidente da APEMIP, Luís Lima, pois «com a retoma do setor imobiliário, a procura focou-se numa primeira fase no distrito de Lisboa, e com tempo, tem vindo a deslocar-se para outros distritos, sendo que o do Porto é, neste momento, o que reúne a maior fatia da procura». Explica que o motivo central para este fenómeno «prende-se com a ausência de ativos e com o aumento dos preços de mercado em Lisboa, que fizeram com que as intenções de compra se dirigissem para o distrito do Porto, que ainda tem uma oferta de 39,6%, uma diferença considerável para o distrito de Lisboa, em que a oferta é de 10,1%. O mercado imobiliário é, de resto como os restantes negócios, motivado pela lei da oferta e da procura».
Descentralização do investimento em 2017
A previsão é de uma descentralização do investimento este ano, pois «hoje é o distrito do Porto que reúne o foco da procura, mas à medida que a oferta for diminuindo, a procura irá deslocar-se para outras regiões do país, promovendo uma maior descentralização do investimento imobiliário para locais que apresentam boas perspetivas de investimento. Neste momento, as mudanças no sector imobiliário ocorrem de forma muito rápida, uma vez que este é influenciado pelo stock existente em cada região».
Por outro lado, o responsável acredita que o mercado imobiliário português poderá assistir a um crescimento de cerca de 30% este ano.