A Casafari estreou-se em Espanha em 2016, após um investimento inicial de mais de um milhão de euros no projeto. A entrada no mercado português representou um investimento adicional de mais 100.000 euros, e começou a ser preparada no Verão de 2017, com a abertura do escritório em Lisboa. Atualmente, a plataforma conta já com uma equipa de 15 profissionais no nosso país e planeia contratar mais dez pessoas na área das tecnologias até ao final do ano, entre os quais especialistas no tratamento de dados e investigadores.
Em declarações à agência Lusa, uma das cofundadoras do projeto, Mila Suhareva, explicou que «a grande diferença [para outras plataformas] é que a Casafari confere todo o mercado imobiliário». Graças a soluções de inteligência artificial, «conseguimos identificar que se trata do mesmo imóvel e disponibilizamos no mesmo sítio toda a informação sobre esse mesmo imóvel, tal como acontece no Trivago», acrescentou a responsável.
Mila Suhareva, lembra que existem «vários 'sites' de imobiliário [...], muitas das vezes multiplicando informação sobre o mesmo imóvel, que chega a estar em 10, 20 ou 30 páginas com diferentes preços e diferentes dados como a área, o número de quartos e a localização». E é, precisamente essa lacuna que a Casafari quer preencher, já que, de acordo com a responsável, «além de se evitar a multiplicação de resultados, a informação aparece mais limpa e mais completa», o que «torna o mercado mais eficiente e mais transparente».
Direcionada para profissionais do setor, a plataforma já trabalha com agências imobiliárias como a Sotheby's International Realty, a Century 21, a RE/MAX Prestige, a JLL, Fine&Country, a Engel & Völkers, entre outras.
Atualmente a Casafari agrega na sua plataforma mais de seis milhões de referências e de 5.000 fontes sobre imóveis dispersos por diferentes páginas na internet, isto tendo em conta a oferta em Portugal. Disponibiliza informação sobre imóveis em Lisboa (freguesias de Alcântara, Avenidas Novas, Belém, Campo de Ourique, Estrela, Misericórdia, Beato, Parque das Nações, São Vicente, Santa Maria Maior e Santo António), Cascais (Alcabideche, Cascais e Estoril, Carcavelos e Parede), Porto (Amarante, Castro Marim e cidade do Porto) e Algarve (Silves, Faro, Loulé, Lagos, Tavira, Portimão, Vila do Bispo, Albufeira, Aljezur e Lagoa). A esmagadora maioria dos imóveis (80%) ali comparados são residenciais, com os imóveis comerciais e de serviços a representarem apenas 20% da amostra analisada. A razão, explica Mila Suhareva, é que «existem mais compradores e maior interesse pela área residencial» no país.