A Gesfimo está a receber propostas para a compra do ativo do antigo Grupo Espírito Santo até ao dia 27 de junho. Louis-Albert de Broglie enviou esta proposta à gestora, que substitui a proposta inicial de 115 milhões de euros, e lidera assim as três ofertas que estão em cima da mesa.
O responsável esclarece na carta enviada que a sua proposta inicial de 4 de maio incluía «uma componente variável», nomeadamente um acréscimo de 40 milhões de euros. Acredita ter a melhor proposta do ponto de vista financeiro e que o projeto do seu consórcio privilegia, ao contrário dos concorrentes, «a biodiversidade da paisagem, empregos permanentes e bem pagos que vão desenvolver a região» e servir «a economia local», cita o Expresso.
Broglie propõe-se a criar na Comporta um projeto assente na agricultura biológica, tendo como parceiros de referência o fundo Global Assets Management e o operador internacional Golf & Country Club de Bonmont, que «partilham o interesse pelo futuro dos territórios».
O seu projeto prevê apenas 15% do imobiliário previsto pelo Grupo Espírito Santo. Quer criar sete centros dedicados à produção biológica, incubação de startups da área da alimentação, conferências, reciclagem ou medicina reconectiva, um museu de arte contemporânea e uma escola Blue School. Nestes centros, ficaria integrada a área turística, nomeadamente um hotel de 80 quartos gerido por uma cadeia internacional.
Segundo o jornal, a proposta apresentada pela Oakvest, do britânico Mark Holyoake com a Portugália, (que chegou a ser eleita pela Gesfimo no início do mês como proposta favorita) ronda os 155,9 milhões de euros. A oferta do consórcio do milionário francês Claude Berda com Paula Amorim foi de 147,4 milhões de euros mas, segundo o consórcio, o valor global da proposta ascende a 156,4 milhões, incluindo créditos imobiliários.