Para a CPCI, quatro eixos específicos deveriam ter resposta nesta proposta, nomeadamente ao nível do investimento público: «estamos perante uma proposta que não cumpre sequer um patamar mínimo que nos permita aproximar das metas europeias e das necessidades de crescimento sustentado do país, já que, se forem cumpridos os objetivos anunciados, o Investimento Público ficará a níveis de 1975», considera.
Por outro lado, ao nível do investimento privado, a proposta «é incapaz de recuperar e manter um quadro de competitividade e de segurança para os investidores, ao não apresentar soluções para resolver as questões que mais têm contribuído para o desequilíbrio do mercado e ao não evidenciar medidas concretas que permitam dinamizar o arrendamento e a reabilitação urbana».
Em comunicado, a CPCI nota ainda que, em relação à competitividade do tecido empresarial, «à exceção da eliminação do PEC, que vai ser paga pelas próprias empresas, que verão as tributações autónomas fortemente agravadas, realça que não há medidas direcionadas para a melhoria da competitividade das empresas».
Nota ainda para a internacionalização, que não vê na nova proposta «a abordagem assumida pelo Conselho Estratégico de Internacionalização da Economia, em especial, ao nível da fiscalidade, ficando por tratar alguns aspetos que são essenciais para apoiar a expansão externa das nossas empresas».