A obra chegou a ser adjudicada por 1-500 milhões de dólares pelo anterior presidente, José Eduardo dos Santos. A decisão de deixar o projecto na gaveta foi agora oficializada numa informação enviada aos investidores internacionais pelo Governo angolano, depois de, em Janeiro último, o novo Presidente angolano, João Lourenço, ter criticado a forma como a construção daquele novo porto foi adjudicada, em setembro, já depois das eleições gerais, com José Eduardo dos Santos em final de mandato.
«Vamos procurar rever todo o processo no sentido de, enquanto é tempo, e porque o projeto não começou ainda a ser executado, corrigirmos aquilo que nos parece ferir a transparência, na medida em que um projeto de tão grande dimensão quanto este, que envolve biliões, com garantia soberana do Estado, não pode ser entregue de bandeja, como se diz, a um empresário, sem concurso público», afirmou João Lourenço na altura.
Segundo o Observador, no documento em causa refere-se que a intenção do executivo é «construir um segundo porto comercial nas proximidades de Luanda» na Barra do Dande, com capacidade para movimentar 3,2 milhões de toneladas de carga por ano. O Governo não emitiu ainda a garantia do Estado aprovada pelo Presidente José Eduardo dos Santos, e refere que «ainda está em processo de avaliação dos aspetos técnicos do projeto».