Novo investimento de 60 milhões arranca este ano na Marina de Cascais

Novo investimento de 60 milhões arranca este ano na Marina de Cascais

Um hotel de cinco estrelas operado por uma cadeia internacional, um novo espaço comercial com lojas direcionadas para o comércio de luxo,um museu de arte urbana e um novo espaço de amarração são as principais novidades que vão nascer após a requalificação da Marina de Cascais, num projeto apresentado esta quarta feira pelo vice-presidente da autarquia, Miguel Pinto Luz. «Vai ser um centro muito ligada ao luxo, ao cosmopolitismo, ao glamour, representativo do que Cascais tem vindo a fazer nos últimos 60,70 anos», notou o autarca.

O projeto arranca no final deste ano, garantiu, esclarecendo que para o efeito alguns dos espaços atualmente abertos no local terão de encerrar «por algum tempo», enquanto que outros «terão oportunidade de funcionar de forma mais precária».

Entre as novidades, o Museu de Arte Urbana e Contemporânea de Cascais (MARCC), que vai nascer no parque de estacionamento de acesso à marina. «São quase 3.000 m², dos quais quase metade será dedicada ao museu de arte urbana. Na outra metade, em conjunto com o Duarte Cancela de Abreu e o ACP Classic, vamos fazer um museu do automóvel clássico».

 

Um ano de grandes novidades no concelho

Mas esta não é a única grande obra planeada para o concelho, num 2018 que promete muitas e grandes novidades do ponto de vista urbanístico.

 A lista de novas obras apresentada por Miguel Pinto Luz inclui ainda um El Corte Inglés na zona de Sassoeiros, e a faculdade de Medicina da Universidade Católica, um investimento de 10 milhões de euros que deverá estar concluído em 2020, e que se encontra em «certificação». A faculdade funcionará no antigo edifício das Águas de Cascais, ao passo que o edifício do antigo Hospital de Cascais será reconvertido num hospital académico. Em licenciamento, está também o edifício Cruzeiro,  cujo projeto de arquitetura deverá estar pronto dentro de um mês e meio, e que albergará a escola de Teatro de Cascais e a nova sede e respetivo arquivo do Teatro de Cascais.

As mudanças vão também fazer-se sentir na entrada da vila, onde o atual hipermercado Jumbo, em funcionamento desde 1973, vai ser enterrado a partir de um projeto desenvolvido pelo ateliê Fragmentos de Arquitetura. «Aquilo que nós vemos hoje, aquela desorganização urbanística vai deixar de existir. Em cima, nascerá um grande espaço verde aberto ao público e alguns condomínios privados», detalhou o autarca.

Ali perto, junto à estação de comboios, vai também nascer o Edifício Dom Pedro, fruto da reconversão do antigo Hotel Nau e onde dentro de 18 meses deverá estar pronto um empreendimento com componente residencial, comércio e serviços. Já para o centro da Vila, está ainda prevista a abertura do Edifício São José, onde em 2020 deverá abrir o Lego Education Center, numa área de 1.000 m².

 

Carcavelos é o grande pólo da mudança

E, um dos principais motores da mudança é a zona de Carcavelos, que o atual executivo quer transformar no novo pólo de crescimento do concelho, com um posicionamento mais jovem e ligado à economia do conhecimento e do talento. O investimento de 46,2 milhões de euros no novo campus de 22.000 m² da NOVA SBE – Nova School of Business and Economics, que deverá estar totalmente operacional já no próximo ano letivo, deu o pontapé de saída para a requalificação daquela zona marginal.

Ali ao lado, já está aprovado o projeto de urbanização dos 52 hectares da Quinta dos Ingleses, assinado pelo arquiteto José Adrião; e para onde está prevista a construção de três novos hotéis. Além disso, toda a frente de mar da zona vai passar a contar com cinco túneis de acesso à praia, facilitando a mobilidade pedonal e o trânsito.

Sendo esperados 5.000 a 6.000 estudantes no campus da Nova no médio prazo, dos quais cerca de metade são estrangeiros, o setor das residências universitárias também vai ter aqui um novo foco de crescimento. Além das 123 unidades de PBSH (quartos integrados em residência universitária) incluídas no campus da universidade, já em fase de licenciamento, estão ainda previstas outras 620 na zona dos Lombos e mais 400 no projeto de requalificação da antiga Fábrica da Legrand.

Para este último espaço está também previsto um novo projeto de escritórios que, entre outros ocupantes, deverá receber um centro de serviços europeus da Nestlé.

Adicionalmente, na Bateria da Costa de São Gonçalo, vai ainda nascer o Cascais Innovation Park, um novo empreendimento de escritórios direcionado para a instalação de startups.