Miguel Alvarez, presidente da Remax Portugal, atesta que «esta tendência verifica-se porque há falta de construção nova, e a que existe tem preços elevados. Como consequência da crise prolongada que o setor atravessou, grande parte das empresas de construção nacional despareceu ou estão em processos de insolvência. Não se estão a construir prédios novos. Por outro lado, é mais fácil a obtenção de crédito para reabilitação do que para compra de terreno novo. Deste modo, quem quer habitação nova tem de reabilitar».
No período em questão, o valor médio por prédio fixou-se nos 724.355 euros, num volume total de faturação de cerca de 725 milhões de euros.
61% dos compradores destes ativos são portugueses, 87% do distrito de Lisboa. Dentro dos investidores estrangeiros, destaque para os brasileiros, que representam 9%, franceses, com uma fatia de 5,5%, e chineses com 5%.
Em comunicado, o mesmo responsável afirma ver «com bons olhos a linha que o mercado está a seguir já que promove o desenvolvimento sustentável do mercado habitacional, através da preservação cultural, da proteção ambiental e de vantagens económicas. Além disso, gera uma cadeia de valor que dá emprego e riqueza a muitos setores da população. Vejamos o exemplo dos arquitetos, que praticamente não tinham trabalho e que agora têm dificuldade em dar resposta a todos os pedidos. Assim como eles, as câmaras municipais acumulam processos».