Lisboa sob os holofotes dos investidores no MIPIM esta quinta

Lisboa sob os holofotes dos investidores no MIPIM esta quinta

E, a encerrar com chave de ouro o penúltimo do MIPIM, o stand conjunto da região de Lisboa foi o ponto de encontro para centenas de profissionais da indústria internacional de investimento, que ali se reuniram para o já tradicional cocktail de final de tarde oferecido naquele espaço onde estão a ser promovidos alguns dos maiores projetos imobiliários planeados para a capital portuguesa.

Até ao final desta sexta-feira, 17 de março, os mais de 22.000 visitantes profissionais que acorrem ao MIPIM podem conhecer de perto alguns dos grandes projetos planeados para a cidade. O programa de habitação de rendas condicionadas lançado pelo município, a nova Feira Popular de Lisboa e o Lisboa Water City foram os projetos em destaque não só no stand conjunto da região, mas também nas conferências e intervenções que contaram com a participação portuguesa.

Dando força a esta estratégia promocional, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, marcou presença em várias das ações de promoção da cidade levadas a cabo durante o MIPIM, onde promoveu ativamente o novo Programa de Renda Acessível desenhado pela autarquia. Só na manhã de quinta, Fernando Medina foi um dos oradores convidados para duas das conferências que integraram a agenda oficial da feira, confirmando que Lisboa é cada vez mais um hot-spot para o investimento imobiliário.

Juntamente com os autarcas de Londres e de Turim, participou no debate “How to Build the Best Quality Housing for the Greatest Number of People”. Dirigindo-se a uma plateia de investidores de todo o mundo, Fernando Medina deu ali a conhecer as potencialidades do Programa Renda Acessível (PRA), ao abrigo do qual o município pretende disponibilizar entre 5.000 a 7.000 imóveis de tipologias T0 a T2 com rendas entre os 250 e os 450 euros, ou seja, “muito abaixo dos valores praticados pelo mercado”. Visando ““a regeneração urbana e o rejuvenescimento da cidade”, este programa será desenvolvido em 15 locais de Lisboa, para que passe à realidade é essencial a participação dos parceiros privados. A ideia é que a autarquia disponibilize terrenos ou edifícios seus, selecionando depois, através de concurso público, os concessionários privados que vão construir ou reabilitar os fogos.

Na mesma manhã, partilhou o palco na sessão “Is Lisbon the next city investment hot-spot?”, organizada pela Iberian.Property (o novo projeto editorial da Vida Imobiliária) e que contou também com a participação do administrador-executivo da Sociedade Baía do Tejo, Sérgio Saraiva, de Pedro Coelho, administrador da Square AM e Enrique Gracia, diretor da Merlin Properties Socimi, e do managing partner da B.Prime, Jorge Bota.

Interesse por Lisboa cresce de ano para ano

Confirmando que “há um interesse significativo dos investidores por Lisboa”, o diretor-executivo da Invest Lisboa, Rui Coelho, conta que “este foi o quarto ano consecutivo que organizámos o stand de Lisboa e, de ano para ano, temos tido um crescido apreciável não só no que diz respeito ao reconhecimento dos participante no MIPIM, mas também no número de parceiros privados aderentes”. Este ano, além da Câmara de Lisboa e da Baía do Tejo com o seu projeto Lisbon South Bay, o stand da região de Lisboa reuniu vários parceiros privados, nomeadamente os promotores imobiliários Vanguard Eagle e Habitat Invest, as sociedades de advogados Morais Leitão e Rogério Fernandes Ferreira, os ateliês de arquitetura da Contacto Atlântico e da Matelier, bem como os consultores imobiliários da B.Prime, da Infante & Riu II – Portugal Investments Broker e a Castelhana Imobiliária.

Para o administrador da sociedade Baía do Tejo, Sérgio Saraiva, a participação no MIPIM “é claramente positiva, a vários niveis. A nível institucional, destaco a presença dos três presidentes das câmaras envolvidas no projeto Lisbon South Bay, nomeadamente Barreiro, Seixal e Almada, cuja presença no MIPIM em conjunto com o presidente da Câmara de Lisboa deu um sinal forte da boa relação entre as várias entidades que têm o objetivo comum de tornar Lisboa uma metrópole cada vez mais forte e competitiva, capacitada para competir com as outras áreas metropolitanas do mundo que marcam presença nesta feira. Ao nível da promoção em si dos territórios da Baía do Tejo sob a égide Lisbon South Bay este tem sido também um caminho bastante positivo. As manifestações de interesse quer nos parques empresariais, quer no projeto Cidade da Água têm sido comuns aqui no MIPIM e muito porque esta parceria que temos desde há três anos com a Invest Lisboa nos permite dar uma escala metropolitana ao projeto Lisbon South Bay, o que é bom não só para os territórios da margem sul mas também para a própria cidade de Lisboa”.