Os dados foram avançados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), e dão conta que os projetos de construção nova continuaram a ser predominantes em 2016, representando 64,3% do total de edifícios licenciados. Este valor traduz um ligeiro aumento face a 2015, quando este tipo de obra representava 63,8 % do total. Já as obras para reabilitação pesaram 27,6% dos projetos licenciados em 2016, perdendo terreno face aos 28,4% do ano anterior. Enquanto isso, as obras de demolição pesaram 8,1% das obras licenciadas em 2016, subindo face aos 7,8% de 2015.
No mesmo período, foram licenciados em Portugal 17.944 fogos, num crescimento de 37,4% face ao ano anterior – quando este indicador já registara um crescimento anual de 12,4%.
O INE revela ainda que foram concluídos 10.661 edifícios em 2016, sendo este outro dos indicadores que regressa ao crescimento: 3,2% em relação a 2015 (quando registou um decréscimo de -13,8%). Já o número de fogos concluídos foi 9.800, mais 9,4% que em 2015 (-17,2% face a 2015).
Venda de casas rendeu 14.800 milhões em 2016
Contas feitas, em 2016 a venda de casas em Portugal rendeu 14.800 milhões de euros, mais 18,7% do que em 2015. Recorde-se que já no ano anterior, o valor gerado pela venda de habitação tinha crescido 30,8%.
A venda de casas usadas foi a que mais contribuiu para este resultado: 11.400 milhões de euros, tendo aumentado 27,6% em relação ao ano anterior, sucedendo a um crescimento de 43,1% em 2015. Já os alojamentos novos contribuíram com 3.400 milhões de euros em venda, tendo diminuído 3,9% face a 2015, invertendo a tendência de crescimento (7,2%) desse ano.
Os preços das casas subiram em média 7,1%, sendo este o terceiro ano consecutivo em que se observou um acréscimo do Índice de Preços da Habitação. Este agravamento dos preços foi mais intenso no caso das casas usadas (8,7%) do que nas casas novas (3,3%).