Imobiliário angolano em estagnação

Imobiliário angolano em estagnação

 

Actualmente, os edifícios e projectos construídos há cerca de 4 anos estão por concluir, e os que já estão concluídos não encontram resposta na procura, segundo este responsável. Até porque praticam-se hoje preços inferiores aos da construção na altura.

Segundo este responsável, os negócios que se realizam actualmente são de pequena dimensão: os clientes fazem aquisições de escala mais reduzida e «de forma tímida», ao passo que os investidores optam por medidas «de quase desinvestimento, por temerem a incapacidade do mercado absorver nova oferta», cita o Jornal de Angola.

Alexandre Caldeira nota que «depois de ter passado por momentos de crescimento, com aumento dos negócios nas mais variadas latitudes - comercio de produtos imobiliários, serviços e outros - , os indicadores macroeconómicos dos últimos dois anos vêm demonstrando uma queda dos negócios - numa escala de zero a dez - abaixo de dois pontos». Além disso, o mercado «mostrou razões objectivas e subjectivas para o insucesso nos anos de 2016 e 2017».

Para reverter a conjuntura, a APIMA sugere medidas específicas ao Governo, entre as quais uma avaliação e melhoramento da Lei da Terra, a criação de um Guiché Único do Imóvel ou a implementação do crédito à habitação como instrumento financeiro obrigatório por parte da banca, além da separação do sector da promoção imobiliária do da mediação, ou da criação de departamentos locais com poderes para agilizar os processos de emissão do direito de superfície.

Estas medidas estão incluídas num documento a emitir pela APIMA com cunho do Instituto Nacional da Habitação e do Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, visando essencialmente a redução da burocracia.