A impulsionar estes resultados está, em grande parte, o aumento da procura de compra de casa, e da concessão do crédito à habitação. Por exemplo a Remax registou o seu primeiro melhor trimestre de sempre, com uma faturação superior em 40% ao período homólogo, mais colaboradores, e com um crescimento de 19% das transações, avançou à Lusa. Neste período, a Remax participou em 6.809 transações de imóveis, 5.116 vendas.
A zona da Grande Lisboa e da Margem Sul foram das mais ativas neste período. E a Remax prevê um aumento das vendas nos próximos tempos, sendo que, por outro lado, «a procura tem excedido largamente a oferta, o que tem conduzido a uma subida dos preços praticados».
Na atividade da imobiliária é de salientar a performance do mercado de luxo, que registou um aumento de 39% na faturação e de 36,5% das transações.
Já a Century 21 também registou o seu «melhor trimestre de sempre. Desde 2007 que registamos uma sólida média de crescimento, de cerca de 15% ao ano. Porém, nos primeiros três meses de 2017 registamos um aumento de 29% na rede Century 21 Portugal», explica Ricardo Sousa, administrador da Century 21 Portugal. Este responsável confirma que o aumento das transações com recurso ao crédito está a alavancar o mercado, e a «permitir que as famílias de classe média e baixa regressem ao mercado».
Ricardo Sousa prevê uma «evolução muito significativa» do mercado no resto do ano, que deverá ficar marcado por um «enorme dinamismo», cita o Negócios. Mas reconhece que «a oferta continua bastante desajustada da procura. É imperativo que os valores médios dos imóveis se ajustem às reais capacidades financeiras das famílias e jovens de classe média», pois «o maior motor do mercado imobiliário nacional são os portugueses».
Por seu turno, a Era registou em março o seu «melhor mês de sempre em 20 anos». Destaca um aumento da faturação do trimestre na ordem dos 36,1% em Setúbal, de 33,8% em Viana do Castelo ou de 30,6% em Braga, números que justifica com os níveis de confiança mais elevados do mercado, com o crescimento da economia, com o aumento da concessão de crédito, com a procura de estrangeiros e com as taxas de juro que permanecem baixas. Somam-se também a estes fatores a baixa rentabilidade dos depósitos a prazo, o que torna o imobiliário cada vez mais atrativo.