O ritmo de crescimento do setor turístico continua a superar as melhores expectativas, com efeito as taxas de ocupação, no primeiro trimestre deste ano, registaram um aumento de 12,8% face ao período homólogo de 2016. «2017 está de facto a ser de grande crescimento», reconhece Raul Martins, presidente da AHP, alertando para o impacto deste crescimento nas infraestruturas, designadamente nos aeroportos.
«A partir de 2018 temos o problema do aeroporto de Lisboa, que esgotará a capacidade», frisa Raul Martins, citado pelo Expresso, sustentando que a atual situação «é preocupante, deve-se à decisão tardia sobre o aeroporto do Montijo, e alguma coisa tem de ser feita para que o crescimento turístico em Lisboa se mantenha, pois corremos o risco dos operadores começarem a baixar o preço».
Neste contexto, a AHP aconselha a TAP a «repensar» a sua operação no Porto no que respeita a voos internacionais e para a Europa, em vez de concentrar as operações em Lisboa. «Muitos dos passageiros da TAP que desembarcam em Lisboa não ficam em Lisboa», refere o presidente da AHP, «e não é só o Porto que beneficia por haver mais voos intercontinentais a passar pelo Porto, mas também Lisboa», acrescenta. Por outro lado, de acordo com o jornal de Negócios, a TAP tem em preparação um plano de contingência que será aprovado até ao final de maio.