A JLL é uma das testemunhas deste dinamismo de mercado, tendo sido responsável pela colocação de 21.500m² de escritórios nesta zona do país no ano passado, e regista já uma intensificação da atividade da sua equipa do Porto no arranque de 2017.
Entre as operações concluídas pela consultora no ano passado, de salientar o arrendamento de 2 edifícios completos, um dos quais com 11.685m² no centro da cidade, a uma multinacional francesa do setor financeiro, e outro com 2.600m² a uma entidade do setor hoteleiro. Arrendou também 2.218m² à Whebhelp no edifício Hipercentro, e 1.050m² no edifício Pinheiro Manso à Mercadona, entre outras operações.
Baseando-se no número de operações fechadas no 1º mês deste ano, e nas que a JLL tem atualmente em mãos, a consultora é ainda mais otimista no que concerne as suas perspetivas da atividade para este ano. Espera um crescimento acentuado da procura e da atividade de tomada de espaços empresariais no Porto nos próximos meses, acima do que era inicialmente esperado.
Mariana Rosa, diretora de Office Agency & Corporate Solutions da JLL Portugal, comenta que «este histórico da nossa atividade no Porto vem confirmar duas das tendências mais marcantes do atual ciclo imobiliário portuense: a “descoberta” do Porto como destino para a instalação de centros de BPO e shared services por grandes multinacionais e o vigor que se vive no mercado turístico da cidade».
Por outro lado, realça que «o mercado de escritórios do Porto está a assistir a um bom dinamismo do lado da procura, que deverá continuar a evidenciar-se ao longo de 2017. Diversas empresas na área dos call centres e dos serviços de back office estão muito ativas na procura de espaços na cidade para se instalarem, atraídas pelas condições vantajosas face a outras cidades europeias não só em termos de custos de ocupação como de qualidade de vida».
Estas multinacionais procuram essencialmente instalações próximas de boas acessibilidades e transportes públicos, espaços de grandes dimensões por piso, boas infraestruturas técnicas e rendas atrativas, uma conjugação de fatores que é difícil de encontrar no Porto, segundo a JLL. No entanto, a consultora ressalva que, pela primeira vez em vários anos, já existem alguns edifícios em pipeline para responder aos requisitos exigidos pela procura.