“Workplace powered by Human Experience” dá mote a esta análise global, que mostra o impacto que a forma como as pessoas se relacionam dentro de uma organização tem nas decisões imobiliárias e no desenho do próprio escritório, questões que são cada vez mais tidas em conta.
Este fator é especialmente valorizado em países como a Austrália, Alemanha, África do Sul, Hong Kong e França. EUA, Japão, Índia, Reuni Unido, Holanda, Itália e Espanha, fazem também parte dos 12 países abrangidos neste estudo, que envolveu mais de 7.300 colaboradores de 40 empresas.
Depois da felicidade no escritório, o “reconhecimento” (indicado por 60% dos inquiridos), o “desenvolvimento e conhecimento pessoal” (54%), a “criatividade” (53%) e a “inspiração” (43%) são outras experiências tidas como importantes para a realização profissional, uma das 3 prioridades para que uma organização possa proporcionar uma melhor experiência humana a quem nelas trabalha, seguida pelo envolvimento e pela capacitação dos colaboradores.
Este relatório da JLL mostra também que as empresas «deveriam considerar a criação de uma função especificamente dedicada à felicidade dos seus colaboradores», por exemplo a nomeação de um Chief Hapiness Offices, alguém dedicado a tempo inteiro à promoção de uma experiência de bem-estar no local de trabalho.
Seguindo esta lógica, o imobiliário terá de evoluir para colocar a experiência humana no centro dos espaços de trabalho modernos, por exemplo a nível do desenho e configuração dos interiores dos escritórios ou a nível das estratégias de imobiliário corporativo, que envolvem decisões de localização e dimensão das instalações. Salas para sestas, ginásio, spa, serviços de nutrição ou de beleza são algumas das possíveis soluções apontadas por este estudo.
Para Pedro Lancastre, Managing Director da JLL Portugal, «estas transformações na forma como as pessoas experienciam e vivem o seu local de trabalho são cruciais para a competitividade e produtividade das empresas. O espaço físico, o imóvel propriamente dito, é o local onde toda esta experiência começa e, por isso, as empresas já não podem preocupar-se apenas em disponibilizar um escritório confortável para trabalhar». O responsável acredita que «é preciso que as estratégias imobiliárias se foquem em criar espaços que permitam às pessoas atingir as suas ambições e, como mostra o estudo, a sentirem-se felizes».
A experiência da consultora atesta isto mesmo: «em Portugal, no âmbito do nosso negócio sentimos que essa é uma preocupação crescente das empresas que nos procuram para encontrar as suas instalações e apoiar nas estratégias imobiliárias corporativas, assim como para executar as obras dos seus escritórios a nível de interiores. Nós próprios estamos focados em criar a melhor experiência para nossos colaboradores. É uma questão de cultura e que integramos na nossa vivência interpessoal diária, mas que também está muito presente na forma como o nosso espaço de trabalho foi pensado», conclui.
Por seu turno, Marie Puybaraud, Global Head of Corporate Research na JLL, nota em comunicado que «em última análise, a Experiência Humana é sobre a forma como o ambiente de trabalho impacta no desempenho da empresa, e não apenas na sua cultura. O nosso estudo mostra que os locais e os espaços de trabalho devem desempenhar um papel central, quer a nível estratégico quer operacional, para promover o sentimento de pertença, capacitação e realização dos colaboradores no trabalho».