Até junho, o volume de negócios mediado aumentou 32% para os 373,3 milhões de euros, e 30% face ao último semestre de 2016.
Neste período, a empresa somou 4.232 transações de venda, que correspondem a um crescimento de 19% face às 3.561 realizadas no período homólogo, e uma subida de 3% face às 4.11 transações de venda registadas no último semestre de 2016.
Por outro lado, no que concerne o arrendamento, a Century 21 mediou 1.168 transações no 1º semestre do ano, menos 9% que as registadas no ano passado, um indicador que «confirma a tendência descendente das transações de arrendamento que se regista, consecutivamente, desde 2014», nota a imobiliária.
Até junho, o valor médio de arrendamento a nível nacional fixou-se nos 680 euros, um aumento de 10% face à média de 10% registada em igual período do ano anterior, mostrando que a oferta de arrendamento não é suficiente para responder aos níveis de procura atuais.
Por outro lado, o valor médio dos imóveis vendidos através da rede Century 21 desceu 11% para os 141.700 euros. A maior parte da procura regista-se por parte de famílias portuguesas sobre imóveis de segmento médio e médio baixo.
Divulgando estes números, a Century 21 nota que «um dos principais fatores a salientar, quando se analisa a dinâmica atual do setor imobiliário, é o enorme desfasamento entre os valores dos imóveis que estão em comercialização e os valores dos imóveis que, efetivamente, são alvo de transações de venda, em cada zona do país. As zonas de Cascais, Coimbra, Lisboa, Porto e Ponta Delgada são as que apresentam os indicadores mais expressivos de variação entre o asking price e o selling price, o que significa que a diferença entre o valor médio dos imóveis em venda e o valor médio dos imóveis que foram transacionados, no primeiro semestre de 2017, é de 195% em Cascais, 115% em Lisboa, 100% em Coimbra, 110% no Porto e 96% em Ponta Delgada». De salientar que as zonas mais ativas em termos de transações são as zonas periféricas das cidades.
A Century 21 considera que «é imperativo aumentar a oferta de habitação acessível para os portugueses», nomeadamente através da regeneração dos espaços públicos urbanos e da criação de novas soluções de habitação. Atesta que «começam a surgir projetos residenciais de obra nova nas zonas mais periféricas das cidades, para fazer face à procura atual, porém ainda não são suficientes. Devem ser estudados métodos inovadores de financiamento à construção, para atrair operadores de grande dimensão para dinamizar o setor da construção residencial, que desenvolvam novos projetos ajustados às reais capacidades financeiras dos portugueses».
Ricardo Sousa, administrador da Century 21 Portugal, nota que «é importante ter consciência de que uma sólida estratégia de habitação é a base para o desenvolvimento sustentável do país. Os nossos jovens precisam de ter acesso a casas ajustadas às suas necessidades e capacidades económicas. A população envelhecida necessita de soluções de habitação adaptadas à sua condição e necessidades específicas. As empresas necessitam que os seus colaboradores tenham opções de habitação acessível. O crescimento da economia nacional e a atração de novos residentes vai, ainda, impulsionar a necessidade de soluções de habitação modernas, com maiores níveis de eficiência energética, design e arquitetura, que irão contribuir para o aumento da qualidade de vida das populações».