Deste modo, é um mercado que continua a ter mais procura que oferta. Estudantes entrevistados pela Lusa referiram que há mesmo várias ofertas no mercado que não têm condições mínimas, e nem por isso os preços estão de acordo.
A alternativa é escassa. A Universidade de Lisboa tem 19 residências com capacidade total de 896 camas, segundo avançou Rita Casquilho, responsável pela área de alojamento universitário, todas ocupadas.
Por outro lado, a plataforma de alojamento universitário Uniplaces, com 6.000 imóveis no mercado entre Lisboa e Porto, reporta um crescimento de 70% na procura e de 33% na oferta, explicou o responsável de marketing da plataforma à agência, sendo que um quarto em Lisboa custa uma média de 355 euros.
A plataforma comercializa uma residência privada no Intendente, por exemplo, onde o valor dos quartos deste prédio recentemente reabilitado vai dos 500 aos 625 euros. Os apartamentos variam dos 750 para um T1 aos 1.050 euros para um T2. Neste conjunto de 41 quartos residem apenas 2 estudantes portugueses.
Perante este cenário, são cada vez mais os novos players que surgem no mercado, interessados no investimento e promoção de residências para estudantes, como é o caso dos Smart Studios, da KKR Imo, ou dos alemães Staytoo, que esta semana anunciaram um investimento de 100 milhões de euros no nosso país. A crescente procura por este tipo de alojamento, principalmente num contexto em que os preços das rendas continua a acrescer, mostra que este mercado é uma oportunidade para o imobiliário.