Tendo em conta o atual clima de grande dinamismo que se sente no investimento em residencial de luxo na capital portuguesa, este especialista defende que para que o crescimento possa ser sustentável, “importa que todos os players de mercado ajam responsavelmente, no sentido de não fomentarem a inflação descontrolada de preços, que só pode ser prejudicial, a médio prazo”. Sendo que “a estabilização dos preços e do volume de transações” no curto e médio prazo seria “um bom fator de desenvolvimento do mercado nacional e garante da sua maturidade”.
Olhando para a franja de mercado em que atuam, Pedro Vicente considera que atualmente os preços “rondarão em média, os 5.500 €/ m²”, sendo que “seguindo a tendência que se tem vindo a registar, estimo que venham a atingir um aumento, em média de 5% até ao final do ano”.
“Queremos devolver pessoas a Lisboa”
A investir “na reabilitação urbana e, em particular, no mercado puramente residencial”, a Level Constellation está empenhada em “devolver pessoas a Lisboa”, afirma Pedro Vicente. “Se as frações que comercializamos vierem a ser utilizadas no mercado de arrendamento de curta duração, é algo que nos ultrapassa sendo, no entanto, uma possibilidade”, reconhece Pedro Vicente, acrescentando que “acreditamos que, em particular, no Ouro Grand, algumas dessas frações possam vir a ter essa utilização, uma vez que estamos a falar de um edifício de 5.000 m², situado entre a Baixa Pombalina e o Chiado e com tipologias T0 a T2, propícias para essa utilização”.
Atualmente, a empresa tem em mãos dois projetos em desenvolvimento que reforçam a oferta residencial lisboeta com 82 novos apartamentos, nomeadamente o Park Avenue e o Ouro Grand; estando já a ultimar os preparativos para o lançamento de um terceiro projeto de promoção própria já em setembro: o OFF Liberdade, que contará com mais 20 apartamentos. Além destes projetos próprios, a empresa está ainda a comercializar um conjunto de 13 apartamentos que perfazem a oferta residencial do Liberdade 238.
De acordo com o responsável, a cerca de um ano e meio da sua data prevista de conclusão (outubro de 2017), o Ouro Grand já “é um caso de grande sucesso”, tendo já vendidas 31 e reservadas mais 11 das 55 unidades residenciais que o constituem. Resultados que sustentam as boas expetativas em relação à comercialização das unidades que ainda restam no mercado, com o diretor-geral da Level Constellation a admitir que “ficaríamos muito satisfeitos em ter o Park Avenue e o Ouro Grand vendidos a 90% até ao final de 2016”.
Traçando o perfil do cliente que procura o produto da Level Constellation, Pedro Vicente descreve-o como alguém que corresponde ao segmento médio alto e alto, revelando que até à data já foram fechados negócios com cidadãos “de mais de dez nacionalidades diferentes”, sendo que “o número de clientes portugueses é ainda diminuto, correspondendo a cerca de 10% das unidades transacionadas”.
Novos investimentos já estão na calha
Questionado acerca da possibilidade de apostar noutras faixas do mercado residencial além do luxo, nomeadamente a reabilitação direcionada para o arrendamento acessível à classe média e jovens; Pedro Vicente revelou que a Level Constellation “foi recentemente consultada pela Câmara Municipal de Lisboa para a avaliação da possibilidade de desenvolvimento conjunto de produtos desse tipo, o que não enjeitamos”. A seu ver, este tipo de iniciativas “são de extrema importância para o mercado nacional”.
Olhando para o plano de investimentos, “além de estarmos focados no sucesso que nos parece já resultar do Park Avenue e do Ouro Grand, estamos a preparar um pequeno-grande projeto, com cerca de 20 apartamentos na rua do Ouro: o OFF Liberdade”, que será apresentado em setembro e promete “servir a cidade e surpreender”, diz Pedro Vicente. Mas as novidades não se ficam por aqui, adianta o diretor-geral da Level Constellation, adiantando que “estamos a analisar um projeto de grande impacto que, se tudo correr como espero, será anunciado até ao final do ano”.
E, a cidade Invicta poderá também fazer parte do mapa da empresa no futuro. “Os nossos acionistas já visitaram por diversas vezes o Porto e ficaram encantados com a cidade. As oportunidades de investimento também existem e estão identificadas. Aguardamos as suas indicações para avançar”.