No seu mais recente relatório, divulgado em Portugal pela Worx, realça que este crescimento será fortemente impulsionado pela procura, e vai verificar-se nos mercados menos tradicionais. Lisboa não é exceção: com um balanço final de 2017 a rondar os 150.000m² tomados, é expectável eu a procura se mantenha num bom ritmo, perante uma oferta ainda em desequilíbrio. Operações concretizadas em edifícios de qualidade e zonas centrais podem marcar a subida das rendas prime, prevê o documento.
Os dois maiores mercados europeus, nomeadamente Paris e Londres, mostram comportamentos contrários a esta tendência global. Em Paris, e depois de 2 anos de crescimento, o mercado deverá decrescer nos próximos 3 anos. E, no centro de Londres, a desaceleração induzida pelo Brexit deverá continuar. Estes deverão continuar a ser as cidades com as rendas mais caras.
Mas, por outro lado, os «fortes fundamentos económicos» levam os mercados alemães a atingir um novo máximo histórico de atividade. Apesar de uma quebra na taxa de desocupação, as cidades alemãs não têm as rendas mais elevadas, mas verificarão um dos aumentos mais rápidos de arrendamento em 2018. Outras cidades como Milão, Roma, Amesterdão ou Bruxelas têm refletido a procura neste contexto de melhoria económica.
O BNP Paribas Real Estate prevê que se verifique um nível de investimento suficientemente estável para garantir que os retornos totais não se tornam negativos para a maioria das cidades. O retorno total em toda a Europa deverá ser de 5,8% ao ano, dos quais 1,8% e 4% estão relacionados com o crescimento do capital e retorno da renda, respetivamente.