Os mais recentes dados apurados pela Confidencial Imobiliário no âmbito do Pipeline Imobiliário mostram que a construção nova diz respeito a 39.300 unidades de alojamento, e 10.100 fogos dizem respeito a reabilitação urbana. Estes fogos estão inseridos em 22.200 projetos residenciais, dos quais 4.200 de reabilitação e 18.000 de construção nova.
Nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto domina a oferta de fogos reabilitados, num total de 36% e 25%, respetivamente. No caso da obra nova, destaque para a região Norte, que concentra o maior volume de fogos (27%). Segundo a Ci, a Área Metropolitana de Lisboa concentra 25% da carteira de fogos de construção nova em Portugal lançados no período em análise, enquanto a Área Metropolitana do Porto agrega 13%.
Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial Imobiliário, comenta em comunicado que «a pressão da procura e o seu efeito nos preços está a gerar um impulso no mercado de promoção imobiliária, cujas expectativas têm permitido o lançamento de um número cada vez maior de novos projetos habitacionais, num cenário em que a escassez de oferta continua a ser uma das maiores limitações ao crescimento do mercado».
O especialista explica que «o mercado de construção nova é o motor do crescimento observado, registando atualmente uma dinâmica substancialmente superior à das obras de reabilitação, nas quais o investimento tem registado um ritmo de crescimento em desaceleração».
A maior parte dos fogos reabilitados em licenciamento dizem respeito a tipologias pequenas, T1 ou inferior, concentrando 39% do total deste tipo de construção lançada nos últimos 18 meses. Já na construção nova, dominam as tipologias de maior dimensão, com os T3 a representar 45% dos fogos.