E-commerce desafia e altera cadeia de distribuição

E-commerce desafia e altera cadeia de distribuição

De acordo com a Colliers, se o e-commerce continuar a crescer ao ritmo atual, em 2020 chegará aos 5,4 biliões de dólares. Trata-se de uma nova tendência que alterou a dinâmica da procura de espaços de logística, e exige agora uma abordagem diferenciada de forma a acompanhar a atividade.

Por exemplo, os vendedores online passarão a assumir a responsabilidade da logística, prevê a Colliers, que explica que gigantes como a Amazon ou a Alibaba estão cada vez mais envolvidos na área logística dos seus negócios, investindo e aumentando o seu controlo da cadeia de distribuição, reduzindo custos e aumentando a rapidez das entregas.

Bruno Berretta, EMEA Research – Industrial & Logistics da Colliers International, explica que «ao contrário da Amazon, a Alibaba não investe, diretamente, em logística e armazenamento, confiando essas tarefas aos seus parceiros logísticos. Embora a Alibaba não ameace as empresas de distribuição, como a UPS, a sua utilização de tecnologia tem vindo a afetar, parcialmente, a cadeia de distribuição». 

Por outro lado, existindo um comércio global menos forte e uma nova geração de mega navios porta-contentores, cada vez mais as empresas de transporte marítimo irão formar alianças com os concorrentes, investindo em tecnologia e automação. Por exemplo a Maersk tem vindo a investir na logística e no transporte terrestre, operações que, alerta a Colliers, podem alterar portfólios industriais e impulsionar investimento em espaço de I&L.

Neste contexto, os transitários enfrentam 2 desafios essenciais, sendo eles o impacto da tecnologia, que tem tornado os intermediários irrelevantes, e os novos desafios do e-commerce e das startups logísticas. Os transitários têm vindo a adotar procedimentos alternativos, como a digitalização, ou o transporte rodoviário, serviços de entrega de encomendas e contratos de logística, e alocam mais recursos a este segmento de negócio.