Com a primeira metade do ano a prolongar a tendência de crescimento acelerado verificada no ano passado, a consultora acredita que é fácil de antecipar que 2018 fechará com um volume investido «bem acima» dos 2.000 milhões de euro.
A tendência verifica-se no mercado de escritórios de Lisboa e Porto, onde as rendas prime estão próximas máximos históricos, a absorção continua a bater recordes, e as yields estão em mínimos. Para a consultora, importa destacar que «os promotores parecem ter identificado o potencial deste segmento, registando-se um aumento da oferta, embora ténue em Lisboa, já bastante marcante no Porto». Vasco Carvalho, consultor da Colliers, nota que «o surgimento de quase 80.000 m² de novos escritórios no Porto, deverá marcar decisivamente o futuro próximo dos serviços desta zona».
Em Lisboa, por outro lado, há menos oferta nova, mas o cenário pode alterar-se em breve: «os efeitos desse crescimento da oferta não deverão ser temidos pelos players locais», refere Gustavo Castro, Research da Colliers International. «A procura potencial aparenta ser capaz de absorver, sem grande dificuldade, esse acréscimo de área de serviços nas duas cidades, permitindo requalificar a oferta existente e atrair, com maior facilidade, investidores internacionais», continua.
«Apenas os ventos que chegam da Europa indiciam alguma contenção» num mercado pujante, acredita a consultora. Contudo, com uma economia em crescimento, com desemprego baixo e com um mercado em que os retornos são ainda superiores aos dos mercados Europeus mais maduros e em que os preços continuam competitivos no panorama Europeu, o investimento deverá continuar a impulsionar o crescimento do mercado imobiliário, pelo menos nos próximos meses.