O movimento de reabilitação urbana na cidade do Porto atravessa hoje uma dinâmica nunca antes sentida. Além da captação crescente de investimento nacional e estrangeiro, a cidade conta com o apoio da Câmara Municipal que apresentou um novo projeto de reabilitação urbana.
Trata-se de um investimento de quase quatro milhões de euros na reabilitação de vários edifícios situados na rua da Arménia, rua de Trás, rua do Infante D. Henrique, rua de Cima do Muro, rua da Reboleira rua Tomás Gonzaga e rua D. Hugo, no Centro Histórico da cidade. No seu total são 96 fogos com capacidade para alojar 300 pessoas avança o Porto.pt.
«No fim deste programa vamos colocar 300 pessoas no Centro Histórico. Uma grande parte são pessoas novas. Menos de meia dúzia de fogos estão habitados e pessoas vão-se manter. Em alguns casos, vamos usar estas casas para transferências dentro do centro histórico. Só este programa representa 3% da população do centro histórico», avançou o vereador da Câmara Municipal do Porto, Manuel Pizarro durante a reunião do Executivo do dia 19 de abril.
«Nunca tinha havido uma política da Câmara do Porto que visasse trazer pessoas da periferia para o Centro Histórico», afirmou o vereador.
Por outro lado, Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto, reconheceu existir «uma falha de mercado no Centro Histórico». «O mercado não tem capacidade para disponibilizar arrendamento em condições sustentáveis para a classe média, muito menos para habitação social», afirmou o presidente da Câmara do Porto, sublinhando que a preocupação da Câmara «será ter mercado de arrendamento disponível para a classe média, porque também tem direito a viver no Centro Histórico».