Na sua nota de imprensa, o BdP nota que «o crescimento dos preços no segmento imobiliário residencial tem sido particularmente forte. Na segunda metade de 2017 começaram a surgir alguns sinais de sobrevalorização». Por outro lado, «após uma queda acentuada no período entre 2007 e 2013, os preços do imobiliário comercial apresentam sinais de alguma recuperação, mas de forma mais contida do que no segmento residencial».
Pode ainda ler-se que «em 2017, 80% do investimento no mercado imobiliário comercial português foi efetuado por não residentes, maioritariamente fundos». Segundo o BdP, «muito embora os bancos portugueses não estejam a ser os principais dinamizadores do mercado imobiliário, um eventual decréscimo acentuado de preços neste mercado teria efeitos negativos sobre o setor bancário, condicionando a venda dos imóveis detidos pelas instituições de crédito e dificultando a diminuição dos NPL associados a crédito garantido por imóveis».
A redução desta e de outras vulnerabilidades elencadas no relatório «é fundamental para garantir a resiliência da economia portuguesa, incluindo o seu setor financeiro, perante um conjunto de riscos que poderão vir a materializar-se, como a possível reavaliação significativa e abrupta dos prémios de risco a nível global associada a riscos geopolíticos e/ou à alteração da apetência pelo risco dos investidores internacionais».