Na base deste crescimento, sentido desde há dois anos e que em 2016 deverá registar “uma evolução a dois dígitos ao nível quer da atividade, dos resultados, do EBITDA e dos recursos humanos”, está “está não só a melhoria generalizada das condições de mercado, mas também a colheita dos primeiros resultados de uma aposta em novas áreas de negócio, nomeadamente a de avaliações”.
Em plena atividade desde o final de 2015, o departamento de avaliações da B.Prime é liderado por Marta Figueiredo, e nos últimos meses foi já responsável pela avaliação de ativos no valor de mais de 400 milhões de euros e que representam mais de 900.000 m² acima do solo. O balanço é, por isso, “muito positivo” reconhece esta responsável que conta que o crescimento do ritmo de trabalho já motivou a expansão da equipa, com a recente contratação de um novo elemento para o seu departamento, Mauro Santos.
“2015 foi um ano de viragem para a B.Prime”, conta Jorge Bota, explicando que “quisemos de facto avançar para a expansão da nossa atividade na área de serviços, sendo que Avaliações era para nós uma área prioritária e uma aposta natural, pois já tínhamos muitas solicitações de clientes que nos pediam apoio nesse campo”. E o facto, é que ao longo do último ano “fizemos uma aposta forte no lançamento deste novo departamento e o mercado tem correspondido” diz, revelando que “estamos muito satisfeitos com o desempenho desta área de negócio, e temos sido cada vez mais solicitados”.
Com longa experiência no mundo dos consultores imobiliários, Jorge Bota não tem dúvidas que a prestação de serviços de avaliação por empresas desta área “apresenta várias vantagens para o cliente. Pois, além do conhecimento teórico, temos também um conhecimento muito prático e aprofundado daquilo que são verdadeiramente as transações de mercado, sejam elas de arrendamento ou de venda”.
E, foi também essa visão que o motivou a lançar o novo departamento, “pois estamos confiantes que temos muito valor acrescentado para partilhar com os nossos clientes, já que as nossas avaliações refletem aquela que é a dinâmica real do mercado”, que são neste momento sobretudo investidores institucionais, com destaque para os fundos e sociedades gestoras de fundos imobiliários portugueses.
Mas o objetivo é alargar esta base, reconhece Jorge Bota. “O investimento internacional está muito ativo nos últimos dois anos, e nós queremos tirar proveito do contacto com estes players estrangeiros que procuram o apoio de especialistas com conhecimento da realidade local do mercado e garantias de qualidade como as que oferecemos no nosso caso, ao sermos regulados pelo RICS – Royal Institution of Chartered Surveyors”.
Objetivo é continuar a expandir o leque da oferta
De olhos postos no futuro, a estratégia de crescimento da B.Prime passa agora pela expansão do leque da oferta de serviços, como revelou Jorge Bota à VI. “Os escritórios continuam a ter uma relevância muito grande para a nossa empresa, e isso não se alterou. Porque embora estejamos a crescer em todas as outras áreas de negócio, é um facto que todas elas ainda estão muito focadas naquela classe de ativos. E isso é algo que queremos começar a alterar, o que nos vamos esforçar por continuar a fazer em 2017 sempre com o apanágio que nos tem acompanhado desde o nosso início que é o de crescer sustentadamente”.
Uma aposta que já está, aliás em campo e que vai continuar a ganhar força. Além de “algum trabalho de agência já realizado na área do retalho e da logística” no início de 2015 “arrancámos com a área do investimento institucional. Depois, em maio desse ano foi a vez de lançarmos o departamento de avaliações e agora, mais recentemente, em julho de 2016 iniciámos a aposta no novo departamento de Asset & Property Management”, conta o responsável.