Em entrevista à Lusa, o diretor geral da empresa, Aniceto Viegas, explica que «a decisão de investimento deve-se a uma falta de oferta de qualidade no mercado porque, de facto, registámos uma taxa de disponibilidade [na área dos escritórios] de Lisboa na ordem dos 8,6% e, na zona do Parque das Nações, a taxa é de 2,8%».
Este empreendimento será composto por 3 edifícios – Aura, Echo e Lumina, num total de 69.000 metros quadrados e uma área exterior de 1,3 hectares, com capacidade para 7.000 colaboradores. A ideia da Avenue passa por criar «um campus de escritórios de nova geração que vai estar em linha com as novas formas de trabalho, ou seja, uma preocupação em poder ter um espaço de trabalho mais convencional no interior, mas também com a preocupação de ter espaços de trabalho exteriores, para que as pessoas se possam reunir informalmente ou fazer uma pausa para almoço».
Espaços verdes, cafetaria, esplanadas exteriores, zona de restauração, food market ou zona de lazer com ginásio e serviços como lavandaria serão algumas das facilities deste novo espaço de comércio e serviços.
O investimento surge em boa hora num mercado com clara escassez de oferta de novos escritórios. Nos últimos anos, «construíram-se poucos escritórios e os que foram construídos já tinham utilizador definido», nota este responsável. No que toca aos inquilinos, a preferência vai recair por ocupantes de «maior dimensão».
A comercialização dos espaços avança apenas aquando do lançamento comercial do projeto, em junho. A primeira fase da obra (100 milhões de euros, 50% dos quais capitais próprios) inicia-se entre junho e julho. O projeto deverá ser concluído até 2022.