Segundo o Negócios, estes números foram agora apresentados pelo Governo, para explicar a alteração à Lei do Arrendamento que prolonga este prazo de transição para 10 anos, período durante o qual o valor da renda fica limitado de acordo com os rendimentos dos inquilinos, e nunca poderá exceder 1/15 do VPT do imóvel.
Em Portugal existem 724.000 contratos de arrendamento, dos quais 487.000 são de habitação. Destes, apenas 7.181 dizem respeito a idosos ou pessoas com deficiência e carências financeiras, portanto abrangidos pela alteração.
José Mendes, secretário de Estado Adjunto e do Ambiente, referiu durante uma audição no grupo de trabalho para as políticas de habitação que estes números se baseiam em dados do recibo eletrónico, «os mais seguros que temos». Para o governante, este é um «número muito reduzido» já que representa 1% do total de contratos de arrendamento (comercial e habitacional) do país: «associar isto e converter isto num congelamento de rendas em Portugal, não corresponde à realidade e parece-me excessivo».