Projetado para uma zona com mais de cinco hectares, integrada no conjunto classificado do Aqueduto das Águas Livres, o empreendimento está ainda em fase de estudo prévio, mas já se sabe que tem como objetivo a «implementação de um conceito de retail diferenciador» e «contemporâneo», lê-se no relatório técnico disponível online (aqui).
Naquele documento, a Jackyl explica que o projeto «pretende oferecer um shopping resort relacionando intimamente o conceito comercial com uma oferta vincada de entretenimento, desporto e lazer, quebrando com os conceitos de shopping tradicional virado para si mesmo e procurando evidenciar a componente lúdica por forma a criar-se um pólo de atração aglutinador de experiências que tire partido das diversas valências do local onde se implanta».
Estendendo-se por uma área superior a 231.000 m², junto à reta dos Cabos D’Ávila, o centro desenvolver-se-á em sete pisos, dos quais quatro subterrêneos.
Citado pelo jornal Público, o administrador da Jackyl, William Blake Loveless, explica que «queremos criar algo com uma componente de retalho, porque é o que financia tudo o resto, mas o que queremos fazer para que seja divertido e interessante é ter uma componente desportiva muito grande. Uma academia de futebol, uma academia de ténis, um grande lago, concertos, espaços abertos, restaurantes».
Com uma área bruta de construção de 145.803 m², o centro comercial, propriamente dito, incluirá uma área comercial de 56.442 m² e um food court com 5.536 m², estando ainda prevista a criação de um centro comunitário com cerca de 2.000 m². Haverá também um segundo edifício destinado a comércio desportivo e fitness, com uma área comercial de 4.000 m² e um ginásio com 3.000 m², criando nas suas imediações um grande polo destinado à prática desportiva.
O projeto contempla também a criação de duas academias desportivas: uma de futebol e outra de ténis, «aliadas ao nome de conhecidos desportistas das referidas práticas e que se pretendem como equipamentos de referência ao nível do Concelho de Oeiras e até mesmo a nível nacional», refere o relatório.
A sul do centro comercial, está prevista a criação de um grande lago com três níveis, nascendo nas suas imediações «uma zona de restauração de rua, do tipo slow food com restauração de autor e zona de esplanadas debruçadas sobre este primeiro nível de água», além de «uma zona de contemplação onde possam existir jogos de água e exibições a horas específicas do dia para entretenimento do público em geral». Neste lago haverão cascatas de água, enquadrando outra zona mais ligada ao lazer das famílias e onde se poderá percorrer o lago em pequenos barcos ou fazer desportos aquáticos como stand up paddel ou kaiak. No nível inferior, o terceiro, procura-se proporcionar uma experiência mais dramática e ligada ao desporto outdoor, com parede de escalada ligeira e percursos de arborismo. Nos limites dos vários níveis dos lagos, haverão pequenos núcleos de restauração, igualmente slow food.