Este responsável falava à Renascença comentando os recentes dados da Comissão Europeia que indicam que o valor médio do imobiliário em Portugal subiu 7,6% em 2016, e que os preços das casas recuperaram os valores pré-crise, o que levou Bruxelas a avançar que vai fazer novas recomendações ao país nos próximos dias, com a preocupação de uma bolha imobiliária.
Luís Lima afasta esta hipótese, pois «o que está a acontecer é que em algumas cidades do país, nomeadamente Lisboa e Porto, e numa parte do Algarve, há zonas específicas onde os preços, para mim, estão acima daquilo que é o valor razoável», e considera que não se deve olhar para o imobiliário como sendo igual em todo o país: «não é por zonas específicas que vai haver uma bolha imobiliária. Os preços estão muito caros nessas zonas, mas noutras há outros preços».
Este responsável lembra para a questão da necessidade de dinamização do mercado de arrendamento, que considera que não é uma alternativa competitiva. «Andámos todos a discutir muito a questão da liberalização das rendas em vez de irmos àquilo que estava no preâmbulo da lei, que era a dinamização do mercado de arrendamento. Não fomos ao mais importante: criar confiança nos proprietários através da criação de um seguro de renda e a parte fiscal. Enquanto quem investe no mercado de arrendamento não for tributado pelo seu rendimento, pelo seu negócio, nunca vamos ter um verdadeiro mercado de arrendamento», cita a mesma fonte.