No 1º trimestre do ano passado, a economia angolana registou um crescimento homólogo de -1,9%, seguido por -7,8% no 2º trimestre e por -4,3% no 3º trimestre, numa média de 4,7% a 9 meses.
Perante estes resultados, a analista de assuntos económicos com o pelouro de África nas Nações Unidas, Helena Afonso, avançou que as previsões de crescimento do país têm de ser revistas, pois «esses números não foram incluídos nas previsões divulgadas na terça-feira no relatório sobre a Situação Económica Mundial e Perspetivas de 2017».
Assim, «para Angola, revimos o crescimento de 2016 em baixa face ao nosso relatório anterior e não esperamos um crescimento acima de 1,5% este ano, havendo a possibilidade de contração ou de um crescimento pouco significativo no ano passado».
Em entrevista à Lusa, Helena Afonso lembrou que «a economia de Angola está muito ligada aos hidrocarbonetos». A ONU espera «algum melhoramento devido ao aumento ligeiro do preço do petróleo, que deverá continuar baixo, à volta dos 60 dólares nos próximos cinco anos».
Pela positiva, «há sobre Angola um sentimento de confiança no turismo, na manufatura e nos transportes, portanto espera-se que em 2017 e 2018 o crescimento mostre alguma evolução positiva, mas muito moderado», lembrou a mesma responsável, citada pelo Observador.