Segundo Pedro Beja Neves, Real Estate Manager da ANA Aeroportos, «queremos dar a conhecer esta nossa área de escritórios» e «fazer crescer esta receita».
O responsável falava num Executive Breakfast organizado pela empresa, que serviu de reunião com vários agentes do imobiliário, no sentido de divulgar esta área de negócio. Até porque «os aeroportos são pólos de desenvolvimento. Temos aqui muitas pessoas a trabalhar e muitos escritórios, e temos agora necessidade de ocupar alguns espaços». Além disso, o aeroporto de Lisboa «tem a vantagem de estar rodeado pela cidade, e próximo da Zona 5 de escritórios (Parque das Nações)».
A ANA nota que um dos atrativos para algumas empresas é também a proximidade do Tryp Aeroporto, «para eventos e conferências», clientes estes que também «prezam a localização» desta zona da cidade. A ideia agora é «imprimir uma nova dinâmica» a esta vertente imobiliária da empresa.
Neste momento, a ANA tem 4.000m² de escritórios por ocupar, com áreas flexíveis. Entre os mesmos incluem-se o Edifício 69, na zona de Figo Maduro, onde será instalado um novo terminal de carga e onde já está instalada a alfândega, a DHP ou a Portway. No Edifício 70, por exemplo, está colocada a Portugália, e o Edifício 124 tem como inquilinos a Portway e, brevemente, «esperamos o regresso de companhias aéreas que saíram» durante a crise. Por outro lado, o Edifício 134 já tem algumas empresas de carga instaladas.
Segundo Pedro Beja Neves, a renda mensal destes escritórios inclui todos os serviços, desde energia, limpeza ou condomínio. Os espaços em causa são de domínio público. A ANA não é detentora, pelo que «nada é objeto de venda», mas sim de concessão, nomeadamente de 5 anos prorrogáveis até um máximo de 40 (como é o caso do novo hotel da Hoti Hotéis em construção) ou 50 anos.
Alguns espaços serão entretanto submetidos a algumas melhorias, nomeadamente de interiores e equipamentos, das quais a ANA se encarregará nos próximos tempos, sem ter avançado um investimento total previsto.