71% DOS 59.000M² DE NOVOS ESCRITÓRIOS TÊM OCUPAÇÃO GARANTIDA

71% DOS 59.000M² DE NOVOS ESCRITÓRIOS TÊM OCUPAÇÃO GARANTIDA

 

De acordo com o mais recente estudo da Cushman & Wakefield “Global Office Forecast”, nos próximos 3 anos o mercado global de escritórios vai assistir a «um boom nunca visto de construção de novos escritórios», estando mais de 65 milhões de metros quadrados previstos para este período. Segundo a consultora, esta área é o equivalente ao total de espaços de escritórios existentes nas cidades de Washington, Dallas, Londres, Singapura e Xangai.

Nos próximos tempos, a procura e o crescimento do emprego deverão manter-se estáveis, num total de 48 milhões de metros quadrados, mas esta tendência estará longe dos valores de oferta, o que fará aumentar a taxa de desocupação na maior parte das 100 cidades analisadas. «Deste ponto de vista, poderemos afirmar que estamos a construir em excesso», nota a C&W.

A preferência dos ocupantes passa claramente por edifícios novos e de alta qualidade, como aliás também acontece em Portugal. Nos EUA estes escritórios constituíram 65% do novo espaço ocupado desde 2012, e a maioria dos promotores que têm apostado na oferta de produtos prime acabam por arrendar «melhor e mais rapidamente», mesmo em mercados com alta taxa de desocupação.

A região da Ásia-Pacífico lidera esta nova promoção, concentrando 60% da nova construção, especialmente em Pequim, Shenzen, Xangai, Manila e Bangalore, que concentram 55% de toda a nova construção esperada na Ásia e 1/3 do total previsto a nível global.

Já na Europa, existem vários projetos em construção, mas a área esperada é bastante menor que nas outras regiões. Paris, Viena, Londres e Bruxelas esperam mais edifícios novos nos próximos 2 anos.

Pelo contrário, em Portugal a retoma do mercado de escritórios ainda não teve a repercussão expectável na atividade de promoção, que está nos níveis mais baixos de sempre. «Para tal têm contribuído um nível rendas que ainda inviabiliza o desenvolvimento de novos projetos, as limitações no financiamento à construção e a concorrência do produto residência».

A consultora explica também que «muitos promotores continuam a optar por assegurar uma pré-ocupação dos seus projetos – entre os 59.000 m² de nova oferta de escritórios em construção 71% tem ocupação garantida – mas a procura potencial do mercado, particularmente por espaços de qualidade de média e grande dimensão, deverá levar a que surjam em breve novos projetos no mercado».