Segundo o Plano de Recuperação (PER) apresentado pela administração da construtora, aprovado com 51,8% dos votos dos credores, o foco de actividade será transferido para Angola, «face à perspetiva de crescimento da economia naquela latitude», diz a construtora.
Para este país deverão ser transferidos os serviços de backoffice da empresa, concentrando-se em Portugal apenas «os serviços de apoio cuja transferência seja impraticável», tais como a «direção técnica, orçamentos e propostas e sistemas», nota o Notícias ao Minuto.
Segundo a administração da empresa, «a reestruturação operacional e a realização de ativos não permitem libertar 'cash-flows' suficientes para fazer face ao atual volume de dívida», pelo que também prevista está uma reestruturação financeira que assenta numa linha de financiamento imediata de 45 milhões de euros e de uma linha de garantias bancárias entretanto asseguradas, nota a mesma fonte.
Este plano prevê um perdão de até 60% já proposto â banca no caso do crédito em euros, e de 20% no caso das dívidas contraídas em kwanzas ou meticais.
Por outro lado, o negócio em Moçambique, que representa 29% do grupo, será vendido.