Numa nota de imprensa do FMI pode ler-se que «o conselho de administração do FMI completou a segunda revisão do programa económico de Angola, apoiado por um Programa de Financiamento Ampliado, desbloqueando o acesso a cerca de 247 milhões de dólares, o que eleva o total dos pagamentos para 1.480 milhões de dólares».
Angola «continua a enfrentar um ambiente externo deteriorado», o que está a ter consequências «na perspetiva de evolução da economia».
Neste seguimento, o diretor executivo em exercício do FMI, Tao Zhang, comentou que «as autoridades angolanas têm mantido o seu empenho no programa apesar de um ambiente externo e interno desafiador» e acrescentou que este empenho é exemplificado «pelo desempenho acima do previsto, por uma larga margem, dos valores do défice orçamental primário não petrolífero de junho».
O fundo monetário apela ainda à «implementação atempada e completa da recapitalização e reestruturação» do setor financeiro, e à diversificação económica, já que «a implementação contínua das reformas estruturais é crítica para a diversificação da economia e para estender as bases de um crescimento económico sustentado e liderado pelo setor privado».
Relativamente à liberalização cambial implementada pelo Banco Nacional de Angola, que levou a uma desvalorização significativa do kwanza no último mês, o FMI destaca que o banco «tomou medidas para eliminar os desequilíbrios que ainda persistiam no mercado cambial e reduzir os constrangimentos à formação de preço pelo mercado nos leilões de divisa. A perspetiva monetária foi recalibrada para lidar com as excessivas pressões depreciativas sobre o kwanza», avançam o Observador e a Lusa.