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Entrevista ao presidente da CCP: João Vieira Lopes

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Futuro da mediação exige responsabilidade e compromisso

O tema da habitação, pulsante na nossa sociedade, traz para o setor da mediação uma oportunidade e uma enorme responsabilidade de emergir como um serviço absolutamente essencial. A noção de relevância da mediação imobiliária está a crescer, por isso, na mesma proporção da sua responsabilidade e da exigência dos desafios que em si “recaem”. Devemos, por isso, continuar a ambicionar ter um setor ao qual as pessoas recorrem porque, acima de tudo, nele encontram a tranquilidade e a eficácia necessárias para que a compra ou venda de uma casa corra da melhor forma possível, mas principalmente, porque nele conseguem encontrar o profissionalismo, rigor, transparência e conhecimento necessários.

Neste sentido, é cada vez mais importante priorizarmos a formação dos consultores, para que consigam oferecer o conhecimento que é o patamar de segurança e conforto exigidos aos seus clientes. No final de outubro, teve lugar a primeira edição da certificação lançada pela APEMIP, o CIC - certificação "Consultor Mobiliário Certificado" -, que aborda temas como a legislação, planeamento, gestão, negociação, marketing, angariação e ética. É urgente trabalharmos, juntos, para a profissionalização e a credibilização do setor. E acreditamos que esta formação dará aos consultores a oportunidade de conseguirem uma certificação que tem por base as exigências e boas práticas da atividade da mediação imobiliária e, principalmente, o que é esperado por quem os procura.

O setor enfrenta hoje grandes desafios, e o mercado também exige que, de um modo cada vez mais frequente, diferentes empresas estejam presentes na mesma transação imobiliária e tenham de partilhar o negócio imobiliário. Sabendo isto, a atividade da mediação deve primar por uma concorrência saudável, crescente, e assente nestes aspetos de qualidade, rigor e profissionalismo, que garanta os patamares de respeito e de consideração que assegurem a concretização das melhores soluções para os clientes, independentemente da sua origem.

Este é o momento para o setor assumir a responsabilidade que lhe é conferida, afirmando a sua relevância para a economia, mas acima de tudo, num momento que, para a maioria das pessoas que recorrem à mediação, poderão estar perante aquela que será a transação mais importante das suas vidas.

Entrevista ao presidente da CCP: João Vieira Lopes