Um impacto generalizado

Dentro desta lógica mais macro, se o vírus estiver contido neste primeiro semestre – e as previsões apontam nesse sentido –, antecipa-se uma recuperação do setor imobiliário no segundo semestre de 2020. O apetite dos investidores mantém-se elevado e isso não mudará. Vamos continuar a fechar negócios, até porque muitos dos processos de investimento também são demorados, tendo os investidores consciência de que a situação atual é temporária. Outro aspeto que considero relevante é, por exemplo, na área de escritórios. Acreditamos que a longo prazo, este fenómeno poderá acelerar a aposta no trabalho remoto por parte de mais empresas – o que significará a necessidade de termos de ter em carteira uma oferta para organizações que procurem dimensões médias e não apenas grandes áreas. Além disso, é ainda de prever o aumento do investimento em espaços de escritórios mais colaborativos e flexíveis, pois são também novas formas de trabalho que os colaboradores estão agora a explorar. Uma última nota sobre a área residencial. Temos visto que este é o segmento com um comportamento mais resiliente neste momento. As pessoas não deixam de comprar ou alugar casas por causa do surto, nem os investidores deixarão de procurar oportunidades de investimento. Notamos, sim, o aumento da procura através do online, mas isso pode ser uma oportunidade de inovar dentro do nosso setor. A aposta no digital será, sem dúvida, um elemento-chave para o futuro!

CONTEÚDO EXCLUSIVO PARA ASSINANTES