Se antigamente os retalhistas eram apenas os recetores do produto, hoje tornaram-se eles próprios, em muitos casos, designers da oferta, controlam, organizam e gerem a cadeia de abastecimento desde o fabrico até ao consumo. Mudou a logística da venda. Trata-se de uma evolução natural, mas muito influenciada pela necessidade crescente de melhorar a eficiência nas cadeias de abastecimento. Traduz-se numa tendência crescente por parte do retalho, para aumentar a integração dos processos logísticos e assumir cada vez mais as responsabilidades pela comercialização e desenvolvimento do produto. As oportunidades que existem numa maior ligação entre o retalho e a logística são inúmeras, mas apenas serão conseguidas se existir um total alinhamento dos objetivos e expectativas de ambas as partes. Os retalhistas e operadores logísticos têm de ser capazes de estar em sintonia no que concerne à sua estratégia, para que as oportunidades que existem sejam alcançadas. Entre essas oportunidades, destaque para os ganhos eficiência e produtividade, que irão permitir ao consumidor final ter acesso aos mesmos produtos, mas com preços mais baixos, ou maior controlo da cadeia de abastecimento, como forma de otimizar prazos e aumentar assim a eficiência na gestão dos stocks. Ainda a otimização do last mile, como forma de responder às novas tendências de consumo, fazendo com que o produto chegue mais rapidamente ao consumidor final, melhorando a experiência da entrega. Os desafios existem: os objetivos opostos entre os dois setores têm de ser mitigados, de forma a encontrar um equilíbrio nas relações. O alinhamento de estratégias é fundamental para se conseguir dar resposta às necessidades e expectativas dos consumidores. Os ganhos que existem, tanto para o retalho, como para a logística, ou para o consumidor final são enormes, e não podem ser desperdiçados.