Rumo a 2021

Opinião · Investimento: a este nível é provável a redução – não eliminação – do interesse de investidores internacionais em hotéis na cidade. Os valores a que estavam a ser tentados transacionar ativos hoteleiros vão inevitavelmente descer (10% - 20% ?). Podemos assistir, embora seja cedo para o afirmar e dependa do posicionamento das instituições financeiras, a algumas – poucas – operações com níveis de “desconto” mais agressivos. Também o pipeline previsto para os próximos anos terá um ajustamento em baixa. · Hotelaria: as taxas de ocupação de 2019 só serão provavelmente recuperadas em 2022 ou 2023 num cenário mais conservador. Este facto tenderá a pressionar os preços em baixa; não prevendo uma redução de preços dramática (30% a 50%) é expectável algum ajustamento que estimamos hoje entre os 10% e os 20%. · Alojamento Local: é natural e já visível no mercado a redução da oferta desta tipologia de alojamento – principalmente apartamentos individuais e de pequenos proprietários – e a sua evolução para o mercado de arrendamento clássico; veremos se é uma tendência de curto prazo ou estrutural. Estamos ainda no olho do furacão, com muitos pontos de interrogação para os quais não existe ainda resposta (nível da recessão, fundos disponíveis, comportamento das instituições financeiras, segunda vaga, TAP, comportamento do turista, o mercado MICE, solidez dos players hoteleiros, …), mas serão naturalmente tempos difíceis os que se avizinham.

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