(re)fazer, humanizar o território

A Reabilitação deverá ser encarada, não como um simples acto com foco no edifício ou no quarteirão, cingida apenas a fachadas, volumes, envolvências a manter ou melhorar, mas também com alcance territorial urbano e rural, relacionado com a vida - as necessidades, exigências e espectativas - da sociedade, garantindo a dinamização económica e social, o bem-estar e a melhoria das condições de vida futura da nossa sociedade.Sem esse efeito, receia-se, que as áreas de intervenção poderão culminar, futuramente, numa ruína ou em cenários de contemplação turística.Há necessidade de uma estratégia nacional de reabilitação com uma “visão a 360º”, que congregue os vários contextos do quotidiano, onde é crucial a criação de políticas financeiras que promovam a equidade, de políticas de contabilidade que contemplem o custo justo da qualidade dos seus profissionais, de políticas que conduzam à simplificação de procedimentos de execução das operações urbanísticas e respectiva celeridade, de políticas que incitem à criação de emprego, da produtividade e da coesão e inclusão social, de políticas que direccionem a transformação do território para uma arquitectura qualitativa, em defesa da memória, valorizando o conhecimento, as qualificações profissionais, a cidadania participativa e a qualidade de vida como garantia prestada aos cidadãos.Com este propósito a OASRN congratula e associa-se à III Semana de Reabilitação Urbana, no Porto. Um espaço de promoção do debate, de apreciação de ideias e de participação, contribuindo para a criação de novas soluções que optimizem o investimento no futuro da reabilitação do nosso país.

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