Os mercados alternativos como uma alternativa de investimento imobiliário

Face a este dinamismo, surgiram novas classes de ativos, até então, pouco exploradas na maioria dos mercados europeus. A estas classes de ativos, nomeadamente residências de estudantes e senior, denominamos como mercado de alternativos, que têm ganho um elevado interesse por parte dos investidores em toda a Europa.Juntamente com a atual atratividade e segurança do mercado imobiliário, o crescimento do número de estudantes em mobilidade internacional em toda a Europa foi um importante impulsionador do mercado de residências de estudantes. Grandes instituições de investimento imobiliário apostaram no crescimento deste mercado através da aquisição de portefólios de ativos para desenvolvimento, transformando um mercado até há pouco negligenciado, num mercado vibrante e profissionalizado.Portugal não foi excepção a esta dinâmica, também sustentada pela crescente procura de estudantes estrangeiros, cujo número não pára de aumentar, batendo recordes ano após ano. De facto, os estudantes estrangeiros cuja capacidade financeira é superior à dos estudantes Portugueses, são o principal target deste tipo de alojamento, não só devido aos preços praticados, usualmente superiores ao arrendamento tradicional de quartos ou apartamentos, mas também por um fator cultural, pois em Portugal a cultura do “dorm” ainda não está completamente enraizada. Atualmente, Lisboa, sendo a cidade com maior número de estudantes, tem o mercado mais desenvolvido. No entanto, os investidores também têm questionado sobre mercados mais reduzidos como os do Porto e de Coimbra.O nosso mercado encontra-se ainda pouco estruturado e sem escala para acolher os inúmeros alunos estrangeiros que vêm em Erasmus, Mestrado ou MBA’s, atraídos não só pela boa reputação que as universidades portuguesas conquistam lá fora, mas também pela reconhecida qualidade de vida que o nosso país proporciona. A atual oferta existente em Lisboa tem origem nacional, mas reflete em muito o que de melhor se faz lá fora, são exemplos a Doorm, a Uhub e a Nine. Apesar de os investidores portugueses terem sido pioneiros no nosso mercado, diversos investidores estrangeiros e grandes grupos operadores neste mercado, incluem na sua estratégia de expansão a curto prazo o mercado português.Quando falamos em tendências deste mercado, falamos em residências com pequenos quartos, espaços comuns amplos e desenvolvidos com várias mordomias que um valor entre os 350€ e 600€ por mês exigem: quartos com mobília moderna e confortável, salas de jogos e convívio, lavandaria, ginásio e um espaço exterior que permita aproveitar os mais de 250 dias de sol que temos para oferecer. A oferta em Lisboa tem atualmente capacidade para apenas 300 estudantes, mas vários projetos irão surgir nos próximos 2 anos, o que demonstra que este mercado se encontra atualmente no radar dos investidoresFalando na classe de residências senior, é sem dúvida um mercado de nicho, que face à realidade portuguesa ainda não está muito desenvolvido. No entanto, impulsionado pelos benefícios fiscais concedidos a residentes não habituais, a procura tem crescido e vários cidadãos estrangeiros têm escolhido Portugal para residir e a aproveitar a sua reforma. Este mercado tem sem dúvida algum potencial de crescimento.

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