Lisboa estabiliza enquanto Porto mantém crescimento

As cidades de Lisboa e Porto foram as mais impactadas durante este período, tendo assistido a níveis de procura que superaram todas as expectativas. Em Lisboa, as áreas do Chiado, Baixa, Avenida da Liberdade e Príncipe Real, e no Porto a zona da Baixa foram as mais procuradas e as que mais investimento foram recebendo no que à renovação de lojas, setor da restauração e comércio de rua diz respeito. E, este boom foi sempre fácil de explicar, já que para começar Portugal foi muito promovido durante os últimos anos como destino turístico beneficiando essencialmente as cidades de Lisboa e Porto. Também o facto de se ter aprovado uma lei para um arrendamento mais flexível que acabou por desbloquear imóveis cujas rendas há muito estavam congeladas, foi outro dos fatores, bem como as medidas fiscais de incentivo à reabilitação ou programas como os vistos gold que foram chave para o crescimento do setor imobiliário. Ao mesmo tempo, o elevado número de turistas que o país foi recebendo, fez com que houvesse uma consequente maior necessidade de investimento em comércio e restauração, requalificação de determinadas áreas e, na realidade, a junção de todos estes fatores que melhoraram a oferta na cidade ajudou a que a procura por imóveis também aumentasse, tal como os preços dos mesmos. O que assistimos hoje é a uma estabilização dos preços na cidade de Lisboa, que é totalmente justificável pelos consecutivos anos em que se assistiu a um constante e acentuado aumento dos preços - fruto de uma falta de oferta face aos níveis de procura registados. Como resposta a este cenário houve vários investimentos importantes na construção residencial, que acabaram por ser um dos principais fatores para a estabilização dos preços; já que existindo uma maior oferta no mercado há uma consequente tendência para o equilíbrio entre a procura e a oferta de imóveis. Relativamente à cidade do Porto, o panorama é diferente, mantendo-se em crescimento já que arrancou mais tarde do que o de Lisboa. Nesse sentido, a desaceleração dos preços não se tem verificado, antes pelo contrário, há inclusivamente uma ligeira subida nas zonas prime. Olhando para o país como um todo, é possível dizermos que o mercado residencial continua a ter uma excelente dinâmica com uma procura internacional pulverizada pelos cinco continentes, com destaque para o Médio Oriente e para as nacionalidades francesa, inglesa, brasileira e sul-africana. A realidade é que a relação qualidade-preço dos produtos imobiliários que Portugal oferece continua a ser muito superior por comparação a outras capitais europeias. Se fizermos uma comparação direta com o ano passado, podemos dizer que em número de unidades vendidas, faturação e nacionalidades, a JLL continua em linha com os indicadores do ano passado. Adicionalmente, num país com as nossas raízes históricas, uma cultura e gastronomia incomparáveis, elevados níveis de segurança e uma qualidade de vida que em muito se deve ao clima que temos, é fácil perceber porque é que existem tantos investidores estrangeiros que continuam a olhar para o nosso país.

CONTEÚDO EXCLUSIVO PARA ASSINANTES